Filha de 19 anos foi presa suspeita de mandar matar o pai para ficar com herança. Foto: Reprodução/TV
.
![]() |
@jornaldelavras |
![]() |
@jornaldelavras |
![]() |
(35) 99925.5481 |
O caso da morte brutal do caminhoneiro lavrense Ayres Botrel, de 60 anos, em Cabo de Santo Agostinho (PE), teve uma reviravolta. Ayres foi assassinado com seis tiros no rosto à queima-roupa no último dia 20. Clique aqui e relembre o caso.
Segundo a delegada Myrthor Freitas (foto abaixo), a filha da vítima, Amanda Chagas Botrel, de 19 anos, foi intimada a depor na quarta-feira, dia 25 de junho. Durante o interrogatório, o depoimento da jovem apresentou inconsistências, levantando suspeitas. Outro ponto que chamou a atenção foi uma ligação que ela fez para a mãe, que trabalha em um restaurante, cerca de 20 minutos após o assassinato.
Amanda havia inicialmente alegado que, ao chegar em casa, foi rendida por dois homens que invadiram a residência, executaram o pai, furtaram alguns objetos e fugiram com o carro dela. Contudo, as imagens de câmeras de vídeo-monitoramento de residências vizinhas, requisitadas pela Polícia Civil de Pernambuco, desmentiram a versão da jovem.
Diante das contradições, Amanda acabou confessando o crime. Ela revelou que encomendou o assassinato do pai para receber a herança. Após a prisão, Amanda Chagas Botrel passou por audiência de custódia e foi encaminhada para a Colônia Penal Feminina, no bairro da Iputinga, na Zona Oeste do Recife, onde responderá por homicídio qualificado.
A delegada Myrthor Freitas afirmou que, apesar do crime, Amanda morava com os pais e mantinha um bom relacionamento com eles. Ao ser questionada sobre a relação com o pai e a mãe, Amanda disse que ela e a mãe tinham "tudo do bom e do melhor em casa" e que Ayres "não deixava faltar nada". Uma frase dita por Amanda à delegada surpreendeu à investigadora: "infelizmente eu resolve [sic] cometer esse crime".
Ayres Botrel, natural de Lavras, era filho do casal Ari Botrel (conhecido como Ary Careca, ex-funcionário do Bemge) e Alba Botrel. Caminhoneiro, ele possuía bens que, segundo a polícia, podem somar até R$ 2 milhões, incluindo imóveis, veículos e valores em espécie. A própria Amanda já possuía um duplex em seu nome.
A delegada Myrthor Freitas informou que o inquérito continuará para apurar o envolvimento de outras pessoas, já que se sabe que não foi Amanda quem disparou a arma. Este é mais um caso que levanta questões complexas sobre família, ganância e os limites da premeditação.
|
|