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Publicada em: 29/01/2025 13:00 - Atualizada em: 29/01/2025 16:00
Pai e filho presos acusados de fraude na construção civil em Lavras foram colocados em liberdade

Advogado Luiz Henrique Fernandes Santana defende os envolvidos na Operação Coliseu, todos foram soltos e vão responder pelos crimes que são acusados em liberdade

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No final do ano passado, em novembro, dois homens, pai e filho, de 50 e 32 anos, foram presos na operação desencadeada pela Polícia Civil denominada Operação Coliseu.

Os dois foram detidos em São Paulo, um terceiro se apresentou na Delegacia de Polícia Civil (Depol) de Lavras e também foi preso, os três foram acusados de envolvimento em um esquema de fraude no ramo da construção civil.

De acordo com o advogado Luiz Henrique Fernandes Santana, que defende os três acusados, eles tinham uma construtora em Lavras que sempre cumpriu com os contratos, porém, na pandemia da Covid-19, os negócios se complicaram a exemplo que ocorreu com muitas empresas em todo o país que quebraram e fecharam. De acordo com a defesa, a construtora era pequena e como o ramo da construção civil envolve muito dinheiro, eles trabalhavam com dinheiro dos outros, pois o capital da empresa era pequeno, devido a isso a construtora quebrou e os empresários não conseguiram cumprir todos os contratos.

Diante da situação, 18 investidores recorreram a Polícia Civil e registraram boletins de ocorrência. A defesa dos acusados alega que um dos investidores passou a ameaça-los de morte o que fez com que os três fugissem de Lavras e passaram então a ser procurados pela justiça.

Pai e filho foram presos em São Paulo e estavam cumprindo pena na Casa de Detenção Provisória de Campinas. O terceiro estava detido no presídio de Lavras e o advogado Luiz Henrique Fernandez Santana conseguiu, através de um habeas corpus impetrado dia 22 deste mês, que o detido em Lavras fosse colocado em liberdade.

Ontem, o Tribunal de Justiça, após analisar novamente o recurso apresentado pelo advogado lavrense, estendeu os efeitos da decisão que havia colocado em liberdade o primeiro investigado e expediu um alvará de soltura do pai e do filho que estavam presos em Campinas.

Agora os três vão responder pelos crimes que são acusados em liberdade, eles poderão também trabalhar.

Sobre a investigação do caso:

Investigadores da 1ª Delegacia Regional de Polícia Civil (Depol) de Lavras realizaram, em novembro de 2024, uma operação denominada Coliseu, com o objetivo de cumprir mandados de prisão preventiva contra três investigados por estelionato e associação criminosa no município de Lavras e região. Os três são acusados da prática de estelionato usando duas empresas ligadas a construção civil, sendo uma construtora e uma incorporadora. Elas ficavam na rua Benedito Valadares, denominada Construtora Progence.

Eles estavam sendo investigados pela Polícia Civil de Lavras desde 2021. De acordo com a PC, embora as empresas fossem legalmente constituídas, elas eram utilizadas para aplicar golpes em clientes: os três firmavam contratos para a realização de obras, após receberem o dinheiro, elas eram abandonadas ou às vezes, nem mesmo iniciadas.

Segundo o delegado responsável pelo caso, Leandro de Prada Macedo Costa, titular da Delegacia de Crimes Contra o Patrimônio, o trio chegou a lesar 17 pessoas, causando um prejuízo na ordem de R$ 1 milhão.

A Depol de Lavras, com o apoio da Polícia Civil do Estado de São Paulo, cumpriu mandado de prisão contra dois: pai e filho, ambos residiam no bairro Jardim Hubert, eles viviam atuando na construção civil de forma informal.

Na ocasião, a Polícia Civil de Lavras divulgou um cartaz com a fotografia do terceiro envolvido que ainda estava foragido.

De acordo com a PC, foram instaurados, no total, 18 inquéritos policiais para apurar os crimes.

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