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Matéria Jornalística /


Publicada em: 20/12/2024 19:47 - Atualizada em: 21/12/2024 09:39
Construção do novo presídio de Lavras continua gerando discussões, mesmo com o início da obra

Registro do ançamento da pedra fundamental do presídio de Lavras, no dia 26 de maio de 2023

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O Jornal de Lavras divulgou na última terça-feira, dia 17, uma matéria sobre a construção do novo presídio em Lavras, informando que 16 detentos estão trabalhando nas obras (clique aqui). A matéria abriu novamente a discussão entre os internautas de quem concorda e quem discorda da construção do novo presídio. 

O principal argumento das pessoas que são contrárias ao novo presídio, é de que vai aumentar o número de crimes na cidade, porque os familiares dos presos de outras localidades vão se mudar para Lavras e, já estabelecidos, eles deverão permanecer aqui depois do cumprimento de pena.

Para rebater esta ideia, as pessoas que são a favor do novo presídio sempre apresentam a informação de que é improvável que familiares de presos se mudem para cá, uma vez que o que Lavras terá, é um novo presídio, e não uma penitenciária. Isso significa que ficarão presos em Lavras os que aguardam julgamento e, caso sejam condenados, eles são transferidos para alguma penitenciária, como em Três Corações, Contagem e outras cidades de Minas.

Outro argumento que também sempre vem à tona, é o de que "Lavras precisa de empregos, de indústrias, e não de presídio". De fato, Lavras presisa sim de indústrias e mais empregos. 

Sobre isso, as pessoas que são a favor do novo presídio, sempre argumentam que a  quantidade de empregos que um presídio do porte do que está sendo construído em Lavras gera, quando estiver em operação: deverá equivaler a instalação de uma indústria que gera 800 empregos. Considerando que em uma indústria o salário médio é de R$ 2,5 mil, isso gera uma folha de pagamento de R$ 2 milhões. Já no novo presídio serão empregados 200 policiais penais, além de outros funcionários no administrativo, médicos, enfermeiras, dentistas, psicólogos e outros. Um policial penal ganha um salário de R$ 5 mil, o que poderá vir a gerar uma folha de pagamento mensal de R$ 1 milhão, 40% do que seria a folha da hipotética indústria, dinheiro esse que deverá ser injetado na economia do município. Além dos empregos diretos, o presídio deverá gerar outro número de empregos indiretos. O presídio de Lavras vai abrigar, se seguir o que determina sua capacidade, 628 presos e, para alimentar os detentos, os policiais penais e outros servidores, será necessário a implantação de uma cozinha industrial terceirizada que fornecerá cerca de 800 refeições diárias, sendo: café da manhã, almoço, café da tarde e jantar, totalizando 3,2 mil refeições dia; 96 mil mensais. Para preparar alimentação para esse número de pessoas, a empresa terá que montar uma grande cozinha industrial que poderá empregar cerca de 80 pessoas. A unidade prisional vai gerar também uma centena de outros empregos, como transportadores dos alimentos, manutenção da unidade prisional, lavanderia, fornecedores de alimentos, manutenção das viaturas, abastecimento das viaturas e outros. No caso de uma instabilidade econômica, a primeira providência é dispensar funcionários e o Brasil é um país que tem uma política econômica equalizada, com altos e baixos. No caso do presídio, isso não acontece nunca, não tem como dispensar presos e funcionários por causa de crise na economia, isso garante a estabilidade nos empregos.

Defendida por uns e abominada por outros, o certo é que a construção do presídio é uma reivindicação antiga do poder judiciário lavrense. A obra já está sendo executada pela Vale, em prazo estipulado de 30 meses.

Esta matéria tem o intuito apenas de trazer os argumentos das duas partes, ela não contém a opinião do jornal, que respeita as opiniões divergentes.


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