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A implantação das escolas cívico-militares em Minas Gerais tem gerado divergências e debates. Os defensores do sistema afirmam que ele trará a disciplina de volta às escolas, que, segundo eles, foi perdida devido a políticas "esquerdistas". Já os críticos, por outro lado, alegam que a iniciativa de Zema busca atrair eleitores da extrema direita bolsonarista e contratar militares reformados, que já recebem bons salários, para substituir educadores.

O Jornal de Lavras estava preparando uma matéria aprofundada sobre o tema, com opiniões distintas do professor Alberto Perini Neto (contrário ao projeto) e do Segundo Tenente Veterano do Exército Brasileiro Paulo Cacildo Garcia (entusiasta do projeto). No entanto, a matéria foi suspensa temporariamente e permanecerá "em stand by" até a definição do novo projeto pelo governo.

O governador Romeu Zema (Novo) anunciou hoje, segunda-feira, dia 14 de julho, a interrupção momentânea das assembleias que ouvem pais, alunos e comunidades escolares sobre a implantação das escolas cívico-militares em Minas Gerais. A medida foi justificada pelo período de recesso escolar.

Segundo Zema, o objetivo é garantir que o projeto seja democrático, com a participação de pais e alunos, pois muitos deles já teriam programado viagens de férias. O governador reiterou que as comunidades escolares que já realizaram suas assembleias antes do recesso terão seus posicionamentos respeitados. Em Lavras, quatro escolas já haviam confirmado interesse na migração para o novo sistema.

É importante ressaltar que a consulta precisa ser registrada em ata e oficializada com o envio do Termo de Manifestação de Interesse pelo site da Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE/MG). Mesmo com um posicionamento favorável da comunidade, a adesão final dependerá de uma análise técnica da secretaria e não ocorrerá de forma automática.
A quantidade de novas unidades e os recursos a serem destinados serão definidos somente após o encerramento da fase consultiva. A proposta faz parte das ações do Governo de Minas para fortalecer a convivência e a cultura de paz nas escolas estaduais.

O projeto de escola cívico-militar é uma parceria entre a Secretaria de Estado de Educação, o Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar. A proposta foca na promoção de valores cívicos, éticos e na organização do ambiente escolar, complementando o modelo de ensino tradicional. O programa busca integrar valores cívicos, éticos e disciplinares ao cotidiano escolar, com o objetivo de formar integralmente os estudantes e criar um ambiente educacional mais seguro, organizado e acolhedor, avançando em aspectos comportamentais, morais e democráticos.