Bruno e o seu então advogado de defesa Lúcio Adolfo. Foto: Douglas Magno – O Tempo
WhatsApp do Jornal de Lavras: (35) 9925-5481
O advogado lavrense Lúcio Adolfo da Silva, criminalista que atuou em defesa do goleiro do Flamengo, Bruno Fernandes, acusado e condenado pela morte da modelo Eliza Samúdio, vai lançar, na próxima terça-feira, dia 14, às 19h, na Livraria Status, na Savassi, em Belo Horizonte, o livro "Caso Bruno – O Processo", de sua autoria.
Lúcio atuou num dos processos mais marcantes da história brasileira. Em sua obra ele descreve como sendo "um livro-denúncia" que promete apontar "situações realmente graves" que aconteceram durante o desenrolar do caso.
A obra tem cerca de 300 páginas que não têm o crime como foco principal, mas sim os procedimentos que levaram à condenação do ex-jogador Bruno Fernandes, que atuou no Clube de Regatas Flamengo.
De acordo com o autor, aconteceram coisas absurdas do ponto de vista processual neste caso. Por exemplo, o Bruno foi julgado em março e até o hoje o processo está "agarrado" no fórum Pedro Aleixo, em Contagem, sem julgamento do recurso, dentre outras questões muito mais graves.
Já se passaram três anos da descoberta da morte da modelo. Lúcio Adolfo entrou no caso em novembro de 2012, quando Bruno resolveu afastar o advogado Rui Pimenta, até então seu defensor. Lúcio atuou até o dia 13 de dezembro de 2013, neste tempo ele estudou as 22 mil páginas do processo.
No livro Lúcio revela que 700 páginas do processo desapareceram, bem como uma petição e outros documentos. O lavrense faz mistério sobre o que sua obra poderá trazer a tona, porém, garante que alguns dos erros que aponta envolvem as investigações paralelas feitas contra dois ex-policiais, José Laureano de Assis, o Zezé, e Gilson Costa.
"O que eu posso adiantar é que o livro Caso Bruno – O Processo é um livro-denúncia em que eu falo tudo. E tudo que eu falo, eu provo com documentos do processo", diz o lavrense Lúcio Adolfo da Silva, um dos mais conceituados criminalistas do Brasil na atualidade.