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Publicada em: 08/03/2014 15:45 - Atualizada em: 09/03/2014 11:30
As mulheres lavrenses fizeram e fazem história
O Dia Internacional da Mulher é celebrado desde 1911, e se tornou uma data oficial pela ONU em 1975 para lembrar as conquistas sociais, políticas e econômicas das mulheres em todo o mundo

Charlotte Kemper, que em Lavras foi rebatizada com o nome de Carlota Kemper, a "Mulher Enciclopédia"

 

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Hoje é o Dia Internacional da Mulher. A história de como tudo começou, em 8 de março de 1857, com as operárias de uma fábrica de tecidos em Nova Iorque, todo mundo conhece, portanto, torna-se desnecessário falar sobre isso. Trazendo para nossa realidade, percebemos que temos histórias de mulheres que muito fizeram por Lavras, algumas foram pioneiras e outras heroínas anônimas.

Falar de operárias de fábricas de tecidos nos Estados Unidos e deixar de lado as operárias da Fábrica de Tecido da Fabril Mineira seria injustiça, pois as lavrenses que trabalharam na Fabril têm histórias de luta, de sofrimento e de alegria, tanto quanto as americanas. Não que estamos desprestigiando as americanas, estamos apenas valorizando as operárias lavrenses.

Falando em americanas, uma mulher americana nascida no dia 21 de agosto de 1837, em Virgínia, nos Estados Unidos, foi responsável por escrever um capítulo da história da educação em Lavras. Carlota Kemper, que aqui chegou em 1892,  é uma mulher que não pode ser esquecida. Dona Carlota, a "Mulher Enciclopédia", além de grande educadora, quebrou o preconceito dos católicos contra os protestantes.

Contam que Carlota Kemper um dia, trancada em seu quarto, enquanto trocava de roupa, percebeu que alguém a observava através do buraco da fechadura. Dona Carlota aproximou da porta e a abriu repentinamente, deparando-se com uma serviçal do Colégio Evangélico.

Questionada por que fazia aquilo, a pobre mulher contou a dona Carlota que a observava porque queria saber como era os pés da americana, isso porque dona Carlota e os americanos do Colégio Evangélico andavam sempre calçados, diferentes dos lavrenses do século XIX. A mulher contou que um padre da cidade havia dito na missa que os americanos andavam calçados para esconder os pés que, segundo o padre, tinham uma fenda, como pés de animais, pés do demônio.

Sabiamente dona Carlota mostrou os pés para a serviçal e, naquele dia, ela e todos os americanos andaram pela cidade com os pés descalços, para mostrar que os protestantes eram iguais aos católicos, eram seres humanos e as únicas barreiras que os separavam eram a cultura, a nacionalidade e a religião.

As mulheres sempre se destacaram na história da cidade, porém, pouco se sabe pela falta de registros. Mas um deles foi registrado em 1906 no arquivo da Prefeitura. A Comissão de Mulheres Mineiras Radicadas no Rio de Janeiro, repassou ao coronel Pedro Salles, a quantia de 218 mil réis, provenientes de uma campanha realizada na capital federal em favor das crianças vítimas das inundações em várias cidades mineiras, inclusive Lavras. As organizadoras da campanha foram: Maria Adelaide de Almeida, Maria José Libânio, Amélia de Almeida, Ahida Welss, Margarida de Souza Magalhães e Judith Conrado Hanszmann.

No dia 3 de dezembro de 1912, uma mulher lavrense foi notícia na cidade, era Zilda Guadalupe, que neste dia recebeu o diploma de dentista do Grambery, em Juiz de Fora. Zilda Guadalupe foi a primeira mulher dentista de Lavras. Isso foi há 102 anos. Em sua homenagem, na noite de 14 de dezembro, a sociedade lavrense ofereceu a diplomada um baile na residência do Dr. Álvaro Botelho, onde o Dr. Paulo Menicucci ficou encarregado de fazer uma saudação a jovem dentista em nome do povo de sua terra.

As mulheres também se destacaram num setor até então dominado pelos homens, a aviação. No dia 4 de março de 1944, há 70 anos, na Escola de Pilotagem do Aero Clube de Lavras, Dulcinha Scorza tornara-se a primeira mulher lavrense a pilotar uma aeronave; alegria para a aluna e para o instrutor Newton de Araújo Paiva. Apesar de ter feito o seu primeiro vôo solo neste dia, sua formatura realizou-se apenas no final de abril. 

Quebrar preconceito foi a meta estabelecida por Arlete Veiga Pádua, a primeira mulher a receber um diploma de Engenheira Agrônoma da Escola Superior de Agricultura de Lavras (ESAL), isso aconteceu no dia 5 de dezembro de 1951.

As mulheres sempre foram corajosas e Lavras pode se orgulhar de uma filha que colocou sua vida em risco para defender o ideal de liberdade e a democracia que hoje desfrutamos. Estamos falando de Dulce Maia de Souza, a mulher revolucionária que foi torturada pela ditadura militar, presa, exilada e foi uma das primeiras mulheres – juntamente com Dilma Rousseff – a pegar armas em ações de absoluto atrevimento, nas décadas de 60 e 70.

Também foi em 1970 que os lavrenses foram às urnas para eleger a primeira mulher vereadora de Lavras: Maria Aparecida Mesquita. Na década de 80 foi a vez de uma outra mulher a ocupar um cargo eletivo, o de Chefe do Executivo, ela foi eleita pelo povo para governar Lavras, trata-se de Jussara Menicucci de Oliveira, que foi prefeita por três vezes. Lavras se orgulha de ter mulheres importantes em cargos importantes. Zenita Guenther, por exemplo, é a maior expressão na educação de talentosos no Brasil e uma das mais importantes do mundo.

Ainda no setor educacional temos uma mulher que é vice-reitora da segunda melhor universidade do Brasil, a Universidade Federal de Lavras (Ufla), é Édila Vilela de Rezende Von Pinho. Temos também uma reitora de uma das mais importantes universidades de Minas Gerais, o Unilavras, trata-se de Christiane Amaral Lunkes Argenta. Falar em educação obrigatoriamente temos de citar Vanda Amâncio Bezerra Mendes, Esther Venerando e tantas outras.

Na saúde Maria Inês Ribeiro Costa Jonas, Hemina Mattar Alvarenga, Eliane Botrel e tantas outras, além das enfermeiras e auxiliares.

No setor de justiça, Zilda Youssef Murad e na segurança, delegadas e investigadoras. Na Polícia Militar policiais femininas e oficiais, com destaque para a coronel Rosângela de Souza Freitas, a  primeira mulher a comandar o 8º Batalhão de Polícia Militar.

Lavras tem mulheres especiais em todas as áreas: advogadas, cientistas, desings, museóloga, nutricionistas, estudantes, donas de casa, enfim, a todas lavrenses, citadas aqui ou não, as homenagens do Jornal de Lavras pelo seu dia. 

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