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Publicada em: 20/11/2013 23:26 - Atualizada em: 21/11/2013 11:13
Assassino de estudante em Campo Belo foi condenado a quase 20 anos de cadeia
Assassino que cometeu crime na região de Lavras e que impressionou pela crueldade, foi levado a júri popular nesta quarta-feira, em Campo Belo

O traficante Júlio César Delfino, acusado da morte do estudante, durante o julgamento, em Campo Belo. Imagem extraída de uma filmagem da EPTV. Abaixo, a vítima

 

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No dia primeiro de março de 2011, a Polícia Militar de Campo Belo registrou o desaparecimento de um jovem de 15 anos, era Júlio César Sabino Batista. Duas semanas depois o mistério chegou ao fim e de forma trágica: ele foi achado morto, foi assassinado, e o crime ganhou repercussão em todo o Estado por causa da forma cruel em que aconteceu.

Na época a Polícia Civil encontrou um suspeito, era outro menor de 16 anos, ele acabou confessando a participação no crime e onde estava o cadáver. O menor infrator contou aos policiais como foi cometido o crime: foi com requintes de crueldade e com muita frieza, tanto que chegou a assustar os policiais, acostumados com situações das mais variadas.

Segundo o menor, Júlio César foi levado ao local para ser assassinado e que, além dele, mais três pessoas participaram do crime: Alivelton de Paula, conhecido como Pedreira, de 22 anos, desocupado, com extensa ficha criminal e envolvido com drogas; também mais dois menores infratores, um com 17 anos que completaria 18 no dia 3 de maio, ele também era desocupado, envolvido com drogas e outros crimes; o terceiro menor de 17 anos completados em fevereiro, também é desocupado e envolvido com drogas e outras infrações.

Ele contou que durante todo o trajeto, Júlio César era agredido com pauladas e que a surra se acentuou mais no local da execução. O menor infrator contou também que a vítima apanhava enquanto assistia a abertura de sua sepultura. Segundo o menor marginal, a vítima foi colocada dentro da cova e ele apontou o revólver para a cabeça de Júlio e disse: "perdeu", em seguida, efetuou o primeiro disparo no seu rosto. Júlio César caiu e outro disparo foi efetuado também no rosto, os dois tiros foram a queima roupa.

Nas época foram dadas duas versões para a motivação do crime, a primeira versão, segundo contou o menor marginal, é que a vítima teria mexido com a sua namorada, depois, disse que a vítima teria furtado drogas de um, segundo ele, "mocó", linguagem usada por bandidos para identificar locais onde são escondidas drogas e produtos de furto e roubo.

A primeira versão, a da namorada, foi a que os policiais acreditam ter sido a motivação para o crime, já que esta informação já teria sido obtida via denúncia no telefone 190 da Polícia Militar no dia do desaparecimento da vítima. No entanto, de acordo com a denúncia e com a investigação, Júlio César era amigo de uma namorada, mas não do menor, mas de um traficante de nome Júlio César Delfino, na época com 23 anos, conhecido como "Gu" e que esteve foragido. Depois, o menor infrator acabou revelando que Júlio César Delfino, o "Gu", desconfiava que Júlio César Sabino, a vítima, tinha um relacionamento amoroso com sua namorada, confirmando a denúncia e a linha de investigação.

O depoimento do menor marginal foi acompanhado, na época, pelo Promotor de Justiça da Vara Criminal, um Defensor Publico e uma Conselheira Tutelar, todos de Campo Belo. Também estavam presentes todos os envolvidos no crime, exceto o traficante Júlio César Delfino, o "Gu", que foi capturado algum tempo depois.

Hoje a cidade de Campo Belo parou para assistir ao julgamento do "Gu", o traficante mandante do crime. Júlio César Delfino, que estava preso no complexo penitenciário de Ribeirão das Neves, na Grande Belo Horizonte, foi levado para a sala do júri, onde assistiu a sua condenação, ele foi condenado a uma pena de 19 anos e oito meses em regime fechado. Ele cumprirá a pena por homicídio e ocultação de cadáver.

O julgamento, que ocorreu hoje no fórum de Campo Belo, foi acompanhado por familiares do estudante assassinado e por amigos, todos usavam camisas com a estampa da vítima e pedia justiça. O assassino negou a participação na morte do adolescente. Ele disse ainda que não tinha motivos para cometer o crime e que não conhecia a vítima.

O comparsa de Júlio Delfino, o "Gu", Alivelton César, já foi julgado e condenado a quase 20 anos de prisão, também por homicídio e ocultação de cadáver.

O advogado de Júlio César Delfino, o lavrense João Batista da Silva, irmão do criminalista Lúcio Adolfo da Silva que é advogado do goleiro Bruno, disse que vai recorrer da pena de condenação; segundo João Batista, não existem provas que incriminam seu cliente.

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