Foto ilustrativa extraída do site: atualidadesdodireito.com.br
Os moradores de Campo Belo acordaram hoje, quinta-feira, dia 6, com uma grande movimentação nas ruas da cidade de carros da Polícia Federal e da Receita Federal. Foram 50 agentes da PF comandados pelos delegado João Carlos Girotto, da Superintendência Regional da Polícia Federal de Varginha, que desencadearam naquela cidade a operação "Loki", para prender pessoas suspeitas de fazer parte de uma suposta quadrilha que fraudava o Instituto Nacional de Seguro social (INSS).
Os suspeitos podem ter causado um rombo no INSS de mais de R$ 1 milhão, segundo o delegado Girotto, ele disse ainda que as investigações tiveram início há cerca de um ano, mas suspeita-se que os crimes vinham acontecendo há três anos. A Justiça Federal de Lavras expediu 14 mandados de busca e apreensão que foram cumpridos no dia de hoje naquela cidade. Eles, segundo o delegado Girotto, criavam falsos vínculos empregatícios para obter benefícios da Previdência. Os fraudadores forjavam documentos com tempo de trabalho suficientes para a obtenção da aposentadoria, a quadrilha usava o nome de empresas que não existem mais.
Os agentes da Polícia Federal apreenderam diversos documentos que podem destrinchar a ação 
criminosa e prender aqueles que lesaram a Previdência. Um dos suspeitos é o presidente da Câmara Municipal de Campo Belo, vereador Hélio Donizetti Mendes -PSB (foto à esquerda) , ele usava o seu gabinete na Câmara Municipal como extensão de seu escritório de contabilidade. No gabinete do parlamentar, os agentes da Polícia Federal apreenderam cerca de 100 carteiras de trabalho. O presidente da Câmara nega que usava o espaço para exercer a função de contador, mas na casa dele, um aviso colado em um dos portões diz que o atendimento é feito na Câmara Municipal.
"Eu coloquei aquele aviso ali só para as pessoas saberem onde me encontrar", justificou o vereador Helinho, como é mais conhecido naquela cidade. A Justiça Federal de Lavras expediu ordem judicial para o bloqueio de contas bancárias dos investigados, eles responderão pelos crimes de formação de quadrilha e estelionato.
Segundo explicou o delegado João Carlos Girotto, a denominação da operação de "Loki", faz alusão ao deus da mitologia nórdica que representa a trapaça e a travessura, ele também está ligado à magia e pode assumir a forma que quiser. É frequentemente considerado um símbolo da maldade, traiçoeiro, de pouca confiança.
