PM acredita que atentado seja em represália ao combate sistemático contra o crime naquela cidade. Fotos: PMMG
Campo Belo é uma das cidades mais violentas da região, uma cidade onde o crime afronta os poderes constituídos. Guardando as devidas proporções, se a polícia não tomar uma medida extrema poderá enfrentar num futuro próximo uma situação semelhante a de São Paulo, onde policiais estão sendo executados pelo crime que conseguiu se organizar e enfrentar os poderes constituídos.
No dia 9 de setembro deste ano uma casa de agentes penitenciários foi parcialmente destruída por uma explosão de dinamite em represália às buscas em visitas para evitar a entrada de drogas no presídio daquela cidade.
Na madrugada de hoje os criminosos afrontaram mais uma vez as autoridades e jogaram dinamites no estacionamento da sede da 161ª Companhia de Polícia Militar, uma fração do 8º Batalhão de Lavras. O atentado aconteceu às 3h da madrugada desta terça-feira na rua Policeno Maia, no bairro Arandatuba. O explosivo atingiu seis veículos sendo dois Gols, um Palio Weekend, dois Fiat Uno particulares. Uma viatura da PM de Meio Ambiente também foi atingida. O impacto da explosão destruiu janelas de vidro e danificou portas da sede da Companhia.
Segundo informações da PM, no momento do ataque, apenas uma policial estava no plantão e foi surpreendida pela ação dos criminosos. A Polícia Militar acredita que o ataque seja uma reação de bandidos da cidade à ação de combate ao tráfico promovida pela Companhia.
Dois menores são suspeitos do atentado, mas os policiais apuram as informações que levaram até os menores. A Polícia Técnica e Científica esteve no local para levantar dados que possam ajudar nas investigações.
O coronel Luis Rogério de Assis, comandante da Sexta Região de Polícia Militar, com sede em Lavras, e o tenente coronel Antônio Claret dos Santos, comandante do 8º Batalhão de Polícia Militar, também com sede em Lavras, passaram a manhã de hoje em Campo Belo acompanhando as investigações.
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