Edílson Willian Lopes, falando aos reitores das universidades que participavam da reunião da Andifes, em Ouro Preto. Fotos SindUfla
Terminou a greve dos servidores técnico-administrativos da Universidade Federal de Lavras (Ufla, a decisão foi tomada ontem, depois de uma reunião. Eles retornaram ao trabalho na manhã desta terça-feira, dia 28. A decisão de voltar ao trabalho, depois de 77 dias parados, foi tomada após a oficialização do acordo assinado entre a Federação de Sindicatos de Trabalhadores das Universidades Brasileiras (Fasubra) com o governo federal, na sexta-feira, dia 24, na Secretaria de Relações de Trabalho do Ministério do Planejamento.
O governo divulgou na semana passada que o impacto orçamentário seria de R$ 2,9 bilhões, isso depois que foi previsto o reajuste de 15,8%, que será dividido em três parcelas, sendo a primeiro no próximo ano e assim sucessivamente até 2015. Além do reajuste, foram acordados aspectos da carreira, entre eles a progressão e incentivo à qualificação. O acordo atende a 117,6 mil servidores do Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação (PCCTAE).
O presidente do comando de greve dos servidores da Ufla, Edilson Willian Lopes, disse que embora a proposta do governo tenha sido rejeitada pelos servidores e técnicos da Universidade, a proposta teve a adesão da Fasubra (Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores das Universidades Públicas), entidade que representa a Instituição na mesa de negociações, seguindo a decisão das bases, em sua maioria favoráveis à assinatura do acordo e em virtude do contexto político do movimento. Segundo ele, apesar de não atender às demandas projetadas, algumas conquistas do movimento podem ser comemoradas, em especial, com relação ao incentivo à qualificação.