Decadência da espécie humana: saqueadores não perdoam nem carga com material biológico que seguia para laboratório em Belo Horizonte. Foto e informações: Polícia Rodoviária Federal (PRF)
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O saque de cargas de veículos acidentados nas rodovias é uma modalidade criminosa que vem crescendo muito em todo o país. Na região do Sul de Minas quase toda semana tem ocorrência de saque, são automóveis que se acidentam e criminosos furtam pertences das vítimas, cargas de eletrodomésticos, eletrônicos e tudo que os criminosos encontram pela frente.
Existem muitos receptadores de cargas saqueadas e também roubadas que são estabelecidos às margens da rodovia Fernão Dias, a BR-381, são criminosos que compram cargas roubadas, saqueadas, pneus, rodas, baterias, macacos, chave de roda e outros bens furtados de automóveis acidentados, às vezes, esses bens são retirados dos veículos com as vítimas feridas ou até mortas.
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) combate sistematicamente esta modalidade criminosa nas rodovias, mas os bandidos agem rápido: quando um caminhão tomba, os criminosos atacam a carga e fogem rapidamente, às vezes são abordados pela PRF e presos, mas na maioria das vezes isso não acontece.
Na madrugada de sexta-feira, dia 15, um caminhão se envolveu num acidente no km 819 na Fernão Dias, em Careaçu, no Sul de Minas. Os criminosos chegaram rápido, arrombaram o baú e começaram a transportar a carga para dentro dos carros parados na margem da rodovia.
Quando o motorista viu que estava ocorrendo um saque, ele avisou aos criminosos que eles não poderiam tocar naquelas caixas, porque elas continham produtos biológicos contaminantes, eles ignoraram e transportaram as caixas. Quando a Polícia Rodoviária Federal chegou, parte da carga já havia sido levada.
Os federais foram informados que a carga roubada era perigosa e representava perigo para a população, pois continha vírus, bactérias, protozoários, fungos e bacilos. A carga roubada era produtos que seguiam para um laboratório em Belo Horizonte para serem analisados.
A carga era de fezes, sangue, urina, catarro, materiais para biópsia e outras amostras colhidas de pessoas doentes.
Os saqueadores de carga fugiram com estes materiais e o que mais preocupou as autoridades foi o que aconteceria quando os criminosos descobrissem que a carga não tinha serventia e como eles a descartariam, certamente em locais inapropriado.
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