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Publicada em: 14/02/2024 13:37 - Atualizada em: 14/02/2024 17:36
Com o enredo "Do Nosso Solo para o Mundo", escola paulista homenageou Alisson Paolinelli
E o agro caiu no samba na madrugada de sexta-feira, dia 9, no Sambódromo do Anhembi

Alisson Paolinelli, o pai da agricultura no Brasil, que transformou o país de importador de alimentos em maior exportador. Foto: Jefferson Rudy

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No desfile de Carnaval em São Paulo, realizado no dia 9, sexta-feira, no grupo especial, uma escola de samba homenageou, de forma indireta, a cidade de Lavras, isso porque o homenageado da Mancha Verde, que desfilou às 4h40 da madrugada foi um filho adotivo de Lavras, o ex-aluno, ex-professor e ex-diretor da Escola Superior de Agricultura de Lavras (Esal), hoje Universidade Federal de Lavras (Ufla). O homenageado foi o ex-ministro da agricultura Alisson Paolinelli.

Com o enredo "Do Nosso Solo para o Mundo", a Mancha Verde em suas alas e carros alegóricos mostrou o caminho que a comida percorre até chegar a nossa mesa, a agremiação exaltou o homem sertanejo, que é essencial para a agricultura do nosso país e para a nossa alimentação. Enalteceu também o campo que preserva o meio ambiente, o campo que produz riqueza e o campo que nos alimenta, uma homenagem justa à agricultura brasileira e ao seu papel fundamental na sustentação econômica do país.

A homenagem ao ex-ministro da Agricultura, Alysson Paolinelli, que liderou a Revolução Agrícola Tropical Sustentável, foi um dos pontos altos do desfile. Alisson foi quem colocou a Embrapa (Empresa Brasileira da Pesquisa Agropecuária) de pé. Ele foi o homenageado com carro alegórico da escola que ficou na quinta colocação do Carnaval 2024 em São Paulo.

O agro já foi destaque também em outros desfiles e outras escolas de samba, ele foi tema também nas escolas de samba do Rio de Janeiro e de São Paulo. A Vila Isabel, Salgueiro, Mocidade, Unidos da Tijuca, Império da Casa Verde e X-9 já exploraram o universo agropecuário em seus enredos, abordando temas como o papel do Brasil como celeiro do mundo, o açaí, a produção agrícola de Mato Grosso, etanol, café e guaraná.

Alysson Paolinelli nasceu em 10 de julho de 1936, na cidade de Bambuí. Aos 15 anos veio para Lavras para cursar o ensino médio no Instituto Gammon, depois estudou agronomia na então Escola Superior de Agricultura de Lavras (Esal) - hoje Ufla, onde se destacou como estudante, sendo duas vezes presidente do Centro Acadêmico. Ele se formou em Agronomia em 14 de dezembro de 1959, quando foi convidado pelos professores John Henry Wheelock e Eduardo King Car para lecionar na Esal, ele aceitou e assumiu duas cadeiras.

Alysson assumiu o cargo de diretor da Esal de 1966 a 1971, período de grande expansão da escola, e construiu o novo campus, a chamada Esal nova. Seu trabalho se destacou e chamou a atenção dos governos federal e estadual.

Em 1971, ocupou o cargo de Secretário de Estado de Agricultura de Minas Gerais, assumiu o cargo que tinha como objetivo maior o aumento da produção de alimentos, alinhado aos conceitos de sustentabilidade.

O trabalho de Paolinelli chamou a atenção do Governo Federal, assim assumiu de 1974 a 1979 o cargo de Ministro da Agricultura, onde programou uma política marcante para o setor e para o desenvolvimento do Centro-Oeste brasileiro. Nesta época, muitas áreas do país eram improdutivas ou produziam pouco, foi quando começou a ocupar novos biomas, uma ideia que surgiu ainda quando estava em Lavras, na Esal. Alysson procurou as principais instituições de ensino na área das ciências agrárias: Esal em Lavras, UFV de Viçosa e a UFMG, em Belo Horizonte.

Nesta época Paolinelli contou com a ajuda de um parceiro importante, um especialista em solos, o professor Alfredo Scheid Lopes, falecido em 23 de maio de 2020. Ambos foram responsáveis pelo maior salto científico e tecnológico que colocou a agricultura tropical, ocupando o Cerrado brasileiro e transformando o Brasil num dos maiores produtores de alimentos do planeta. Alysson foi também, responsável por lançar o embrião da produção cafeeira em Minas Gerais.

Como Ministro da Agricultura, Alysson também modernizou a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e ajudou no desenvolvimento do Proálcool. Posteriormente, presidiu a Confederação Nacional da Agricultura (CNA) e elegeu-se deputado federal por Minas Gerais nas eleições de 1986, fazendo parte da Assembleia Nacional Constituinte de 1987 a 1988. Foi chefe da Delegação Brasileira na Conferência Mundial de Alimentos da Organização para a Alimentação e Agricultura (FAO) e presidente da Associação Brasileira de Educação Agrícola Superior do Brasil.

Alisson morreu no dia 29 de junho do ano passado aos 86 anos, deixando, além de familiares, um legado que este ano mereceu a homenagem da escola de samba Mancha Verde.

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