Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, chikungunya, zika e febre amarela

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Lavras em uma semana registrou mais 418 novos casos de dengue, o que representa quase 60 novos casos/dia. No dia 10, segunda-feira passada, Lavras tinha 1.196 casos de dengue, em uma semana teve uma aumento de 35%, pulando para 1.614 casos. Além dos 1.614 casos, a cidade contabiliza ainda duas mortes decorrentes da dengue e uma morte por chikungunya.

De acordo com o Boletim Epidemiológico de Arboviroses Urbanas, divulgado ontem, segunda-feira, dia 17, pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), dois novos casos suspeitos de chikungunya e mais cinco casos de zika vírus em Lavras estão sob investigação.

Segundo a secretária Municipal de Saúde, Iara Menicucci Nogueira, amostras foram colhidas em pacientes e enviadas a Fundação Ezequiel Dias (Funed), porém, os resultados ainda não saíram, mas os pacientes com suspeita de chikungunya e zika passam bem.

Em março, a professora e doutora Joziana Muniz de Paiva Barçante, pesquisadora na área de Doenças Infecciosas e Parasitárias no Departamento de Medicina da Universidade Federal de Lavras e que é referência nacional em se tratando de doenças infecto parasitárias e doenças negligenciadas, disse em uma entrevista para uma emissora de televisão que em abril os casos aumentariam. O momento mostra que a pesquisadora tinha razão e mais uma vez prova que a Ciência tem que ser acreditada.

O número de casos cresceu também em seis, das sete cidades limítrofes com Lavras. Em Ribeirão Vermelho o número de infectados pulou de 381 para 464. Em Perdões também teve um aumento expressivo de casos, dos 327 casos da doença saltou para 500. Nepomuceno também teve aumento de pessoas doentes, naquela cidade, de 321 casos pulou para 448. Itumirim saltou de 28 para 39, Ingaí de 22 para 37 e Ijaci, dos 98 casos foi para 110. A cidade de Carmo da Cachoeira é, das sete cidades limítrofes com Lavras, a que está numa posição confortável, no último balanço tinha apenas um caso de dengue na cidade e em sete dias se manteve com um único caso.

Os casos de dengue em Lavras e toda a região estão crescendo exponencialmente e isso preocupa as autoridades de saúde, porém, elas não encontram apoio por parte da população, que continua a não fazer sua parte.

O poder público realiza frequentes visitas de agentes nas residências de toda a cidade, promove o tradicional fumacê em locais de maior incidência e ainda faz mutirão de limpeza em bairro. Mas a população continua jogando lixo em locais impróprios, descuidando dos quintais, das calhas e outros locais que acumulam água e servem de criadouro para o mosquito Aedes aegypti. A população precisa se conscientizar que o lugar do lixo é no lixo e não em terrenos baldios, nas ruas, nos fundos dos quintais e outros locais impróprios.