Fragmento da filmagem mostra mulher carregando o caixão da criança por uma rua de Alfenas
.
@jornaldelavras | @jornaldelavras | (35) 99925.5481 |
O delegado regional Márcio Bijalon, da delegacia de Alfenas, no Sul de Minas, tem um caso macabro nas mãos para resolver, é um crime de violação de sepultura, que aconteceu naquela cidade no dia 28 de janeiro. A Polícia Civil teve acesso às imagens de uma câmera de vídeo monitoramento que agora podem ajudar a polícia a desvendar o mistério.
A câmera registrou pelo menos duas mulheres que invadiram o cemitério daquela cidade e furtaram um caixão onde estavam os restos mortais de um bebê que nasceu prematuro em 2017.
Nas imagens que chegaram até a Polícia Civil, é possível ver pessoas batendo um caixão contra o chão e depois foi sendo chutado. Depois imagens em via pública mostram o caixão sendo levado. Segundo a Polícia Militar, uma testemunha acionou os policiais informando sobre a ação das mulheres.
O mistério tornou-se maior e deixou intrigadas as autoridades quando descobriram que o caixão da criança já tinha sido alvo de tentativa de furto em outra ocasião.
Segundo o delegado Bijalon, o que ocorreu em Alfenas foi um crime de vilipêndio a cadáver, previsto no código penal, pena de 1 a 3 anos além de multa.
O delegado disse ainda que já identificou as mulheres que aparecem no vídeo que foi entregue a Polícia Civil. Ainda de acordo com a autoridade, a PC trabalha também com a hipótese de uso dos restos mortais para a realização de cerimônia religiosa, porém, ainda é apenas uma hipótese. A polícia também faz buscas pelos restos mortais que desapareceram.
"Violaram o túmulo de uma criança que faleceu em 2017, na verdade um bebê prematuro, e agora a gente está atrás da ossada, e o que tinha dentro do túmulo", disse o delegado regional de Alfenas.
Há 33 anos um caso em Lavras provocou grande comoção: no dia 7 de outubro de 1989, cinco túmulos do cemitério da Saudade, no final da rua Álvaro Botelho, foram violados e foi ateado fogo ao cadáver de um homem.