Imagem ilustrativa de um recém-nascido recebendo o imunizante, que há 8 meses teve sua cota reduzida em todo o país
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Em abril as secretarias estaduais de saúde receberam do Ministério da Saúde uma circular informando sobre a baixa disponibilidade de uma das vacinas mais importantes para a saúde dos bebês, a BCG, vacina aplicada ainda na maternidade, isso porque ela deve ser ministrada o mais precocemente possível.
A BCG protege contra a tuberculose, doença que não afeta apenas os pulmões, mas também os ossos, rins e as meninges, que são as membranas que envolvem o cérebro. Devida a orientação do Ministério da Saúde, a redução tem levado diversos municípios a limitarem o número de postos que oferecem a vacina e a adotarem estratégias como agendamento prévio para lidar com os baixos quantitativos.
A distribuição da BCG era, segundo a pasta, de um milhão de doses ao mês e foi reduzida pela metade, Lavras, por exemplo, recebia mensalmente, segundo a secretária Municipal de Saúde Iara Nogueira Menicucci, 800 doses por mês, o imunizante era para servir Lavras e toda sua microrregião, agora este número foi reduzido para 500 doses mensais, uma redução de 37,5%, um cenário que preocupa.
As maternidades em Lavras recebem apenas 25 doses por mês, o número de nascimentos é superior a isso, as primeiras 25 crianças deixam as maternidades devidamente vacinadas, as demais, têm de esperar a chegada das novas doses, isso porque a Secretaria Municipal de Saúde reserva a vacina para atender estas crianças, em resumo: as crianças que nasceram em dezembro e não puderam ser atendidas com a cota, tem de esperar até o próximo ano, em janeiro, para receber a dose da BCG.
A vacina, para quem tem condições de pagar para uma clínica particular, também não está disponível. Questionado por e-mail, o Ministério da Saúde negou que tenha um desabastecimento, segundo a pasta em nota via e-mail, o que está acontecendo é apenas uma "readequação do quantitativo" devido ao processo de compra importada dos imunizantes. Isso porque a única fábrica autorizada a produzir a vacina no país, pertencente à Fundação Ataulpho de Paiva (FAP), no Rio de Janeiro, está interditada pela Anvisa pela necessidade de ajustes impostos após a última inspeção sanitária realizada pela agência.
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