A empregada levou as jóias e deixou apenas os estojos. Fotos: Divulgação Polícia Civil
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Em junho deste ano, a Polícia Civil foi informada a respeito de um crime de furto ocorrido em Lavras, onde figurava como vítima um casal. O caso aconteceu quando uma empregada doméstica subtraiu R$ 120 mil em joias do casal.
Para legitimar a subtração das joias, a investigada simulou que teria sido vítima do crime de extorsão, ao alegar que recebeu contato telefônico no terminal fixo da residência de seus patrões, através do qual o interlocutor afirmava que havia sequestrado a filha do casal, que reside em Belo Horizonte, e teria exigido uma elevada soma em dinheiro, como forma de pagamento do resgate.
Diante disso, a suspeita se apoderou de todo o dinheiro e materiais de valor existentes na casa de seus patrões e, em seguida, teria se deslocado sozinha até o terminal rodoviário, embarcado em um ônibus até a capital mineira para entregar o dinheiro e as joias ao suposto infrator.
A história não convenceu aos agentes da Polícia Civil e abriu uma frente para investigar a empregada doméstica.
Durante o processo investigativo, descobriram que havia outras pessoas envolvidas com a suspeita: uma mulher de 28 anos, além de dois homens de 29 anos. Três foram detidos, mas o quarto envolvido está foragido.
Os investigadores, durante a realização dos trabalhos, analisaram o telefone celular da empregada suspeita. Ela mostrou uma conversa de um aplicativo de mensagem com a vítima, foi descoberto que a investigada tinha possibilidade de informar que "poderia estar diante de um sequestro da filha do casal", porém, optou por pedir à patroa para ir a sua casa, mesmo sabendo da sua impossibilidade, e em dado instante chegou a teclar "não me mata" ou "eles não pode saber que tou falando vc", com o claro propósito de querer dar legitimidade à simulação dos falsos atos de extorsão.
Depois de realizada uma minuciosa análise das informações contidas no aparelho celular da investigada, foi verificada que a suspeita estava ligada ao tráfico de drogas, sendo identificado, no momento, que ela estava associada ao seu companheiro, além de dois outros investigado para compra e comercialização de drogas no bairro onde reside. Os investigadores encontraram também fotografias da empregada doméstica ostentando e portando armas de fogo.
Diante das provas ficou confirmada a existência do crime e indícios suficientes de autoria dos representados como autores do crime de furto mediante fraude praticado pelo grupo criminoso que resultou em prejuízo superior a R$120 mil ao casal.
A pedido da Polícia Civil, que divulgou para a imprensa a fotografia do homem foragido, bem como sua identidade, seu nome e sua fotografia estampam esta matéria. Segundo a Polícia Civil o homem foragido é André Luiz Pereira, o "Andrezinho Baeta", de 29 anos.
Polícia Civil encontrou foto da empregada ostentando uma arma de fogo na cintura
André Luiz Pereira, o Andrezinho, procurado pela polícia, foto divulgada pela 1ª Delegacia Regional de Polícia Civil de Lavras