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Publicada em: 16/09/2022 09:15 - Atualizada em: 16/09/2022 19:20
Moradora de Lavras descobre que tem uma planta rara em seu jardim, a flor-cadáver - veja vídeo
A espécie é originária da ilha de Sumatra, na Indonésia. No Brasil ela normalmente é cultivada por pesquisadores e colecionadores, é uma espécie rara

Maria da Penha tem em casa uma "flor que não se cheira". Fotos: Jornal de Lavras

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A dona de casa Maria da Penha Pereira ganhou de sua mãe uma muda de uma planta que ela havia gostado muito. A planta tem umas folhas diferentes e, segundo foi falado para ela, na noite do dia 24 de dezembro para o dia 25, ela "chorava pelas folhas". Maria da Penha plantou a muda que recebeu e disse que até hoje não viu se a planta chora mesmo, porque, segundo ela, sempre esquece de olhar na data exata.

Mas a planta foi crescendo e chamando a atenção pela sua beleza, tanto que no mês de dezembro, Maria da Penha coloca luzes e bolas de Natal na planta, que se destaca das outras pelo formato das folhas. A planta foi crescendo e um dia Maria da Penha estranhou um mau-cheiro fortíssimo que exalava do seu jardim, ela chegou a pensar que havia algum animal morto, procurou o que era e não encontrou, aquele odor desagradável desapareceu no dia seguinte.

Agora, neste mês de setembro, o odor desagradável no seu jardim voltou e ela mais uma vez começou a procurar. Foi quando percebeu uma flor estranha e grande na planta que estava cultivando há anos, e sentiu que o mau-cheiro exalava exatamente da flor. O cheiro era tão forte e tão desagradável que ela não pensou duas vezes e cortou a flor, mas manteve a planta.

Curiosa, Maria da Penha fez uma pesquisa na internet e descobriu que tem no seu jardim um exemplar raro da planta da espécie Amorphophallus titanum, conhecida como jarro-titã ou flor cadáver.

Segundo o site da Escola de Botânica, a planta vive cerca de 40 anos, trata-se de espécie tuberosa da família Araceae (a mesma da costela-de-adão, do antúrio, lírio-da-paz e tantas outras espécies cultivadas em casas e apartamentos) e como característica típica desse grupo, produz uma inflorescência em espádice.

Ainda de acordo com o site, a espádice é circundada por uma grande bráctea (uma folha modificada) profundamente sulcada que recebe o nome de espata, de cor creme esverdeado na base e bordô na parte interna.

Outra peculiaridade da espécie, que é endêmica das florestas tropicais do oeste de Sumatra na Indonésia, é a que lhe rende o nome popular de "flor-cadáver": para atrair seus polinizadores, a planta exala o cheiro de carne em decomposição e, para que este se espalhe com mais eficiência, sua espádice gera calor para ajudar na volatilização de seus compostos fétidos - que conferem à planta o título de mais fedida do mundo.

Entre os principais componentes dos odores da inflorescência, estão compostos contendo enxofre dimetil dissulfeto e dimetil trissulfeto. Essas substâncias são liberadas em única noite e fornecem pistas aos pesquisadores na identificação dos polinizadores, sendo os besouros "da carniça" e moscas (como as varejeiras) os mais prováveis.

A planta na sua idade adulta atinge pouco mais de um metro, mas a flor, nesta época mede cerca de dois metros de altura e chega a pesar até 75 quilos. Quando a espata se abre, as flores femininas, que se localizam na porção mais próxima à base, amadurecem e duram de 12 a 24 horas, recebendo o pólen pelos insetos polinizadores que a visitam. Durante este período, a espádice eleva sua temperatura para cerca de 35ºC, dissipando ainda mais os odores, por processo conhecido por termogênese.

No Brasil, a planta normalmente é cultivada por pesquisadores e colecionadores de plantas. Para que possa ser mais estudada e preservada, visto que é uma espécie ameaçada, as plantas cultivadas em coleções vivas são manualmente polinizadas, através de pequeno corte na base da inflorescência que permite acesso às flores.

Maria da Penha disse que se o Departamento de Botânica da Universidade Federal de Lavras (Ufla) se interessar, ela fará a doação de uma muda, bem como para o Departamento de Botânica do Unilavras.

Quando ela cortou a flor a jogou no lixo, depois tornou a pegá-la de volta, mas deixou a parte central, de onde exala o odor desagradável, mesmo assim, a flor ainda estava exalado mau-cheiro.

O Jornal de Lavras encontrou no site da Escola de Botânica um vídeo elaborado pelo Jardim Botânico da Nova Zelândia de uma flor-cadáver florescendo e como se trata de uma raridade, o número de pessoas de visitantes no local é impressionante, a filmagem está em câmera acelerada para mostrar a florescência. Assista ao vídeo no final desta matéria.

 

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