Bloco cirúrgico onde foram realizadas as três cirurgias

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Em um deles um jovem de 20 anos foi submetido ao fechamento de uma grande Comunicação Interatrial associada a um Aneurisma Septal, com implante de um oclusor através da veia femural direita. Foi feita apenas sedação, com recuperação e alta hospitalar poucas horas após.

Na segunda intervenção foi abordada uma paciente de 34 anos, que já havia sofrido isquemias cerebrais transitórias causadas por um Foramen Oval Permeável localizado em um grande Aneurisma do Septo Interatrial. Novamente foi implantado um oclusor pela veia femural, utilizando-se sedação sem anestesia geral. Após o sucesso da cirurgia pouco invasiva, a paciente foi liberada para casa apenas 4 horas após.

A terceira cirurgia foi realizada em uma criança de 7 meses, que apresentada a Persistência do Canal Arterial, uma patologia congênita em que há uma ligação circulatória entre a artéria pulmonar e a artéria aorta, podendo levar a descompensação do sistema cardiovascular com risco de vida para a criança. Mais uma vez, através de um acesso vascular periférico, femural, foi introduzido um oclusor de PDA de última geração, que obstruiu totalmente a má formação. A cirurgia levou cerca de 30 minutos e a paciente pediátrica recuperou-se da anestesia geral e se encontrava acordada e ativa 45 minutos depois.

Para o coordenador da Cardiologia do Hospital Vaz Monteiro, Marcos Cherem (foto 1) "é uma grande realização para o hospital e para Lavras contarmos com tanta tecnologia para tratamentos que antes não eram possíveis sem abertura da caixa torácica e, ainda menos, serem realizados aqui na nossa região".

Já a cardiologista pediátrica Francine Aparecida Messias (foto 2) afirmou "imaginem para a criança, de apenas 7 meses e seus pais, o alívio de poder contar com um tratamento de ponta em Lavras, ao invés de terem de se deslocar para Belo Horizonte ou São Paulo". Em todos esses casos é realizado um ultrassom intracardíaco, ou seja, o coração é monitorizado por dentro o tempo todo, com imagens em tempo real, técnica utilizada apenas em grandes centros de cardiologia no Brasil e no mundo.

A equipe que realizou os 3 procedimentos foi formada pelos médicos Marcos Cherem (cardiologista), Carlos Eduardo Bernini (hemodinamicista), Francine Messias (cardiologista pediátrica), Dirceu Dias Barbosa Sobrinho (hemodinamicista) e Ricardo Gama de Oliveira (anestesista). Participaram ainda a enfermeira Suellen Rodrigues da Silva e as técnicas Eidimar Aparecida da Silva e Raissa Garcia Gomes.