Da esquerda para a direita: Samy Kopit, da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial; Fausto Oliveira, Alexandre Bruno, da Deva Iveco e, Renato de Oliveira Silva, proprietário da CNR Automotiva

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O governo federal instituiu o programa de renovação de frota de caminhões criado através da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), a proposta federal visa alavancar o setor além de atualizar a frota que roda pelo país com alguns caminhões sem condições de uso e com tecnologias ultrapassadas e promover a descarbonização por meio da redução de emissão de poluentes.

No processo inicial, o autônomo e o pequeno transportador que aderirem de forma voluntária ao Programa ganharão um crédito, que pode variar entre R$ 20 mil e R$ 30 mil, para a aquisição de um modelo seminovo Euro V na concessionária.

Foi realizada uma licitação e a Iveco, uma fabricante de veículos pesados, caminhões, ônibus e utilitários leves, venceu a licitação e será a primeira montadora a participar do programa que visa à renovação de frota, o que beneficiará a sociedade, aumentando a competitividade para o setor de cargas e menor impacto de gases nocivos no meio ambiente.

O Programa de Aumento da Produtividade da Frota Rodoviária (Renovar) começará com a captação, desmontagem e reciclagem de caminhões com mais de 30 anos de utilização em uma estrutura especialmente montada e, em Lavras, a CNR, uma empresa que está sendo estruturada, foi escolhida para ser modelo para todo o Brasil, ela foi escolhida pela Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial e pela Deva Iveco, uma das maiores empresas no ramo de vendas de veículos novos no varejo e vendas diretas, a Deva é uma empresa do Grupo Sada.

A empresa em Lavras já adquiriu um terreno de 40 mil metros quadrados às margens da rodovia Zito de Abreu (foto abaixo), para construir sua linha de desmontagem de veículos, onde tudo será reciclado e aproveitado, até mesmo os fluídos que são extraídos dos amortecedores, dos freios, das caixas de direção e do motor, além do aproveitamento de gases, como dos aparelhos de ar condicionado dos veículos. É o que existe de mais moderno no que diz respeito as questões ambientais hoje no primeiro mundo.

A CNR é de propriedade do empresário Renato de Oliveira Silva, que tem como sócios um grupo japonês. A empresa está funcionando provisoriamente em um terreno na praça Dr. José Esteves, conhecida também como Praça da Estação.

Na sexta-feira, dia 15, estiveram em Lavras para dar o start no programa em que Lavras será a pioneira, o técnico da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial, Samy Kopit e os representantes da Deva Iveco, Fausto Oliveira e Alexandre Bruno.

Segundo Samy Kopit, o empresário Renato de Oliveira Silva surpreendeu a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial, isso porque, segundo ele, Renato tem seguido fielmente as diretrizes do programa. Além de investir em equipamentos, fez parcerias com instituições de peso, como o Cefet de Belo Horizonte e a Universidade Federal de Lavras (Ufla). Kopit disse ainda que a empresa de Lavras será destaque em todo o país.

Sobre o empreendimento, o empresário Renato disse que importou equipamentos da Áustria, adquiriu ferramentas e máquinas de última geração para poder equipar a empresa e atender as exigências da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial e da Iveco. Tudo que é extraído de um veículo será reciclado. Absolutamente nada será descartado para o lixo. A empresa será estruturada para desmontar e processar 100 automóveis por dia, 25 ônibus por mês, além dos caminhões.

O Departamento de Engenharia da Ufla está fazendo uma prospecção de um projeto de um projeto para a CNR de uma trituradora de sucatas, o moedor está sendo montado e, quando estiver operando, vai processar pneus, para-brisas de veículos, lataria de veículos, borrachas, plásticos e qualquer material ferroso e não ferroso. A sucata triturada reduz espaço e agrega valor.

Na etapa inicial a empresa CNR vai gerar 60 empregos, na segunda fase, quando a empresa for transferida para as margens da rodovia Zito de Abreu, vai gerar 150 empregos e, na terceira fase, quando tudo estiver implantado, a empresa chegará a gerar 250 empregos diretos.