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Matéria Jornalística /


Publicada em: 26/06/2022 19:42 - Atualizada em: 27/06/2022 13:53
Há 183 anos, o escravo Joaquim Congo era enforcado em na Vila de Lavras
Ele foi condenado a morte e a pena capital foi aplicada no dia 26 de junho de 1839

Imagem ilustrativa

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Há 183 anos era enforcado o réu Joaquim Congo, escravo pertencente à herança de José Pimenta, de 28 anos de idade, sendo a única execução acontecida em Lavras, no alto da Pedreira, onde hoje se localiza um cruzeiro.

Na manhã do dia 5 de dezembro de 1838 o fazendeiro José Pimenta castigara severamente o seu escravo Joaquim Congo, por não achar seus serviços satisfatórios.

Na tarde do mesmo dia, o escravo aproveitando um momento de descuido de seu senhor, desferiu com o olho da enxada em que trabalhava, uma forte pancada em sua cabeça; não se contentando, continuou a bater até desfigurar sua vítima.

Mais tarde foi capturado e conduzido à cadeia, sendo entregue a guarda e responsabilidade do carcereiro Jerônymo Francisco Guimarães. Joaquim Congo aguardou mais 6 meses na cadeia até ser executado.

Não parece ter sido o temível carrasco Fortunato José o executor da sentença máxima cumprida na Vila de Lavras. Em documentos do Arquivo Público Mineiro, onde o algoz enumera uma folha repleta de serviços prestados à justiça dos homens, relatando os locais de suas 87 execuções, em momento algum menciona Lavras como cidade em que prestou serviço e sim, como sua terra natal.

Fortunato José, o mais temível dos executores, segundo os documentos do Arquivo Público Mineiro, era natural da freguesia da Vila de Lavras do Funil, e escravo de Custódia Paiva, viúva de João de Paiva.

Condenado à pena máxima aos 25 anos de idade, por ter matado a porretadas sua senhora, dona Custódia Paiva, teve sua pena comutada em prisão perpétua, mediante o compromisso de servir de carrasco; o que exerceu por 44 anos.

O mais provável é que o executor de Joaquim Congo tenha sido Antônio Resende, carrasco que residia em São João del-Rei e que, eventualmente substituía Fortunato José, o "medonho algoz", como era conhecido por todo Império.

Joaquim Congo foi morto no dia 26 de junho de 1839, antes, porém, participou de um ritual macabro, ele foi obrigado a desfilar pelas ruas da Vila de Lavras amarrado e sendo conduzido pela guarda da vila, para que servisse de exemplo a outros escravos.

Ao lado da igreja Matriz, hoje igreja do Rosário, foi aberta a sua sepultura e ele teve de deitar dentro dela para ver se estava no seu tamanho. Depois subiu pela rua Direita e foi até onde existia uma árvore de óleo, onde hoje tem o cruzeiro do alto da pedreira.

Antes de ser enforcado foi oferecido a ele um prato de doces, Joaquim Congo recusou e então o carrasco comeu os doces, depois ele subiu num pequeno patíbulo de três degraus, onde foi colocada em seu pescoço a corda, o padre falou algumas palavras e em seguida, o carrasco puxou o patíbulo e o deixou pendurado agonizando até morrer. Mais detalhe desta execução pode ser conferida clicando aqui.

 

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