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Publicada em: 25/12/2021 16:02 - Atualizada em: 26/12/2021 14:52
Pesquisadores do Nupeb/Ufla: "Ômicron em Lavras não é motivo para pânico"
"A humanidade já superou diversas pandemias, todas foram extremamente difíceis, essa é mais uma delas"

José Cherem, Joziana Barçante e Victor Pylro, pesquisadores do Nupeb/Ufla (Núcleo de Pesquisa Biomédica)

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 @jornaldelavras     @jornaldelavras   (35) 99925.5481
 

Ontem, sexta-feira, dia 24, fomos informados que o grupo do Núcleo de Pesquisa Biomédica da Universidade Federal de Lavras (Nupeb/Ufla), no Laboratório de Ecologia Microbiana e Bioinformática (MEB-LAB-Ufla), sequenciou e identificou mais uma variante do SARS-CoV-2, a Ômicron, que foi classificada como Variante de Preocupação, pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

O Nupeb tem como pesquisadores a professora Joziana Muniz de Paiva Barçante, o professor Victor Satler Pylro e o médico José Cherem. Imediatamente entramos em contado com o médico José Cherem, que respondeu alguns questionamentos e fez alguns esclarecimentos a reportagem do Jornal de Lavras.

Ele disse que a pandemia da Covid-19 já se estende por quase 21 meses e, muito provavelmente, talvez perdure por mais alguns anos. Segundo ele, o curso natural de uma pandemia é que o número de casos se estabilize dentro de um padrão esperado e passe a ser caracterizada como uma endemia, ou seja, que passe a ter um número de casos esperado por ano, que podem pontualmente se transformar em surtos (casos que se elevam além do esperado em uma região e um período de tempo).

Importante que as pessoas entendam o que ainda enfrentaremos, por fontes seguras, para que de forma tranquila saibam que com o tempo e com as medidas de monitoramento e controle adequadas, superaremos essa pandemia com o menor número possível de danos, sejam pessoas doentes, hospitalizadas ou óbitos.

De acordo com o médico pesquisador do Nupeb José Cherem, as variantes denominadas de preocupação devem ser monitoradas pelos sistemas de vigilâncias em saúde dos municípios, estados e países e ao nível mundial pela OMS. Todo esse cuidado tem por objetivo dar transparência e rapidez para que o maior número de informações sobre essas variantes possam retornar de maneira mais abrangente aos mesmos sistemas de vigilância e que esses possam tomar providências para proteger a população com maior eficiência.

A identificação da variante Ômicron em nosso município faz parte do processo denominado vigilância genômica, ferramenta que tem se mostrado altamente eficiente em todo mundo para monitoramento das mutações do SARS-CoV-2 e para proteção da saúde coletiva durante a pandemia de Covid-19. Quando bem utilizadas, as informações obtidas com a vigilância genômica são de grande valia para todo o sistema de saúde.

Segundo o médico José Cherem, a variante Ômicron, identificada pelos pesquisadores do Nupeb/Ufla, tem como característica maior potencial de infectividade, ou seja, uma pessoa infectada tem possibilidade de transmitir para um número maior de pessoas. Outra característica, segundo os dados do Imperial College de Londres, é que uma pessoa que já foi infectada tem uma chance de 5,4 vezes maior de se reinfectar quando comparado com a variante Delta. O grande alvo das investigações se concentra no grau de proteção vacinal proporcionado pelas diversas vacinas em uso.

O Médico disse ainda: "Apesar dos dados ainda estarem sendo compilados e analisados, a boa notícia é que apesar do escape vacinal, as vacinas parecem conferir um alto grau de proteção contra a forma grave da Covid-19 nos pacientes completamente vacinados e com suas doses de reforço em dia, mesmo nos casos de infecção pela variante Ômicron", diz o médico José Cherem. Contudo, o médico José Cherem salientou: "Esses dados ainda não convergiram em um ponto definitivo, aliás, como tudo relacionado à Covid-19, isso não seria diferente".

Ainda de acordo com ele, seria fundamental que a Microrregião de Lavras retome o convênio com o Nupeb/Ufla e realize a vigilância genômica com um grupo que tem se mostrado altamente técnico, eficiente e comprometido. É necessário que se amplie e muito a oferta de testes que detectem a infecção pelo SARS-CoV-2 e também que se fortaleça a vigilância genômica para identificação da Ômicron e novas variantes. Importante ainda que se mantenha a rede primária para atendimento das Síndromes Gripais, estabeleça contato com os dois hospitais de referência da cidade, Santa Casa e Vaz Monteiro, especialmente em relação aos leitos de Covid-19 e reestruture a UPA/24Horas, para que os pacientes não sofram com a desassistência em caso de doença.

"A humanidade já superou diversas pandemias, todas foram extremamente difíceis, essa é mais uma delas. Com toda a certeza, sem pânico, embasados em pesquisas robustas e pautados nas melhores evidências científicas disponíveis, iremos, sem dúvida, superar a pandemia da Covid-19". Esta é a opinião dos três pesquisadores do Nupeb/Ufla, professora Joziana Muniz de Paiva Barçante, professor Victor Satler Pylro e o médico José Cherem.

Os três pesquisadores reafirmaram que esse achado não é motivo para pânico, mas sim para alertar a população, sobretudo neste momento de festividades de final de ano. As pessoas devem manter as medidas de prevenção e controle, seguindo às recomendações de uso de máscara, higienização das mãos e os protocolos de biossegurança específicos para cada ambiente.

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