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Matéria Jornalística /


Publicada em: 01/11/2021 12:21 - Atualizada em: 01/11/2021 16:09
O mundo perde o talento do pianista mineiro Nelson Freire, de Boa Esperança
O Sul de Minas e o Brasil estão de luto com a morte de um dos maiores pianistas do mundo

Nelson Freire, um dos maiores pianistas do mundo, morre no Rio de Janeiro. Foto: Divulgação

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A cidade de Boa Esperança, no Sul de Minas, o Brasil, o mundo, a cultura e a música estão de luto: morreu em casa no Rio de Janeiro, na madrugada de hoje, segunda-feira, dia primeiro de novembro, o pianista Nelson Freire, aos 77 anos. Freire foi um dos maiores artistas brasileiros, com uma carreira que o levou aos principais palcos do mundo.

Em 2019 ele sofreu um acidente durante uma caminhada no Rio de Janeiro, uma queda no calçadão da Barra da Tijuca, na zona oeste da capital fluminense, o que provocou uma fratura no úmero, osso do braço do ombro ao cotovelo. Freire passou por cirurgias no ombro no Hospital Copa D'Or. Seu retorno aos palcos estava previsto para o ano passado, mas os recitais foram cancelados por conta da pandemia.

Nelson Freire nasceu em 1944, em Boa Esperança, ele demonstrou seu talento com o piano precocemente e aos 3 anos de idade, ele já tocava o instrumento e impressionava familiares e moradores da cidade.

Depois sua família saiu de Boa Esperança e foi para o Rio de Janeiro. Na Cidade Maravilhosa, Freire passou a receber orientação das pianistas Nise Obino e Lúcia Branco. Aos 12 anos, se tornou um dos vencedores do Concurso Internacional de Piano do Rio de Janeiro.

Sua carreira deslanchou e, aos 19 anos, conquistou o primeiro lugar no Concurso Internacional "Vianna da Motta", em Lisboa. Já aos 24 anos, estreou com a Orquestra Filarmônica de Nova York.

A revista Time, após apresentação nos Estados Unidos, o chamou de "um dos maiores pianistas desta ou de qualquer outra geração". A partir daí, conquistou plateias no Brasil e no exterior. Ele se apresentou em mais de 70 países e foi o único brasileiro a ser incluído na Great pianists of the 20th century, coletânea de 100 volumes com gravações de 72 pianistas lançada mundialmente.

Também trabalhou com prestigiados regentes, como André Previn, Rudolf Kempe, Pierre Boulez, Kurt Masur e Lorin Maazel.

A causa da morte de Nelson Freire ainda não foi divulgada.

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