Prefeitura Jussara Menicucci foi a única que desmentiu sem se manifestar possibilidade de fazer uma apuração da denúncia dos jornais Folha de S. Paulo e O Tempo

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Sobre a matéria assinada pelo jornalista Cristiano Martins, do jornal O Tempo, publicada na tarde deste domingo na edição online do jornal, trazendo a publico que muitas pessoas podem ter recebido, de forma equivocada, doses de vacina de fabricantes diferentes - a primeira dose de uma fabricante e a segunda de outro fabricante, resultou em respostas de cada ente envolvido na questão. 

De acordo com a reportagem, Lavras e Belo Horizonte foram as cidades mineiras em que  mais pessoas podem ter sido vacinadas de forma equivocada. O jornal O Tempo levantou, a partir das fichas registradas no Ministério da Saúde, que os imunizados receberam a primeira dose da AstraZeneca e a segunda dose da CoronaVac, e vice-versa. Ainda segundo o jornal da capital mineira, o desperdício de doses aconteceu em 423 municípios mineiros. Belo Horizonte e Lavras concentram a maior parte dos casos, com 200 vacinados de forma equivocada em cada uma das cidades, segundo o levantamento. 

Sobre o caso, a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) informou em nota que, até sexta-feira, dia 23, havia recebido das prefeituras mineiras as notificações formais de apenas 68 ocorrências de pessoas vacinadas com duas doses diferentes. De acordo com a secretaria, a falta de notificações não deveria comprometer a oferta de imunizantes para as pessoas que necessitem refazer a aplicação com a dose correta, pois o Ministério da Saúde levaria esses casos em conta ao distribuir as novas remessas para os Estados. 

A Prefeitura de Belo Horizonte informou que vai apurar para ver se houve erro na digitação das fichas ou, de fato, trocas na aplicação da vacina. O protocolo a ser seguido na capital, porém, difere em relação ao repassado pela SES-MG. A Secretaria Municipal de Saúde da capital mineira esclarece que, caso seja constatada a troca do imunizante, a orientação do Ministério da Saúde é acompanhar cada caso, não sendo indicada aplicação de outra dose da vacina", esclarece a nota da PBH.

Já a prefeita de Lavras, Jussara Menicucci, nem cogitou a possibilidade de fazer uma apuração: em mensagem enviada ao Jornal de Lavras, ela disse que "Segundo a equipe responsável pela vacinação não procede esta informação. Tudo é feito com o maior critério possível". E a Chefe do Executivo apenas disse em seguida: "Se possível faça uma visita na central de vacinas do Município que poderá verificar in loco o procedimento executado".