No plano da administração passada, a prefeitura teria que construir uma base para receber o depósito

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Recentemente assistimos cenas chocantes de pessoas morrendo por falta de oxigênio nos hospitais de Manaus, e há um medo que isso possa se repetir, mas em Minas Gerais.

Ontem, domingo, dia 21, a prefeitura de Igarapé, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, fez um apelo em suas redes sociais pedindo ajuda de doação ou empréstimo de cilindros vazios de oxigênio, isso porque aquele município tem contrato para o fornecimento do gás, mas a dificuldade maior no momento está em conseguir os vasilhames para ampliar o estoque.

Não há recipientes disponíveis para compra no mercado e a prefeitura de Igarapé necessita da doação ou empréstimo dos vasilhames por parte da população.

Outra cidade que também está com o sistema de saúde colapsado é Mariana, também na região Metropolitana. O secretário de saúde daquela cidade gravou um vídeo no sábado, dia 20, através do qual relatou sobre a necessidade urgente de compra de cilindros de oxigênio medicinal para atender pacientes internados na Unidade de Pronto Atendimento (UPA). No vídeo, o secretário fala das altas taxas de ocupação nos leitos destinados aos pacientes com Covid e ainda faz um apelo à população para não sair de casa nem para compras essenciais nesta semana.

O ex-prefeito José Cherem havia feito um planejamento com a White Martins de instalar na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), um depósito de oxigênio, como existem na Santa Casa e no Vaz Monteiro, que pode estocar milhares de metros cúbicos de oxigênio. A prefeitura construiria uma base para a instalação do depósito que é abastecido por caminhões da White Martins.

Na semana passada consultamos a assessoria de imprensa da prefeitura de Lavras sobre o projeto, se ele estava em andamento ou se havia sido cancelado. A assessoria ficou de consultar o secretário Hermógenes Vanelli e retornaria, porém, até o momento a assessoria não respondeu o questionamento.

O oxigênio que abastece a UPA é de cilindro. Devido à grande procura pelo produto, as balas, como são conhecidos os cilindros, estão escassos no mercado e a falta do produto pode ser danoso num futuro muito próximo.