Atleta do Cria-Lavras treinando na pista de atletismo da Universidade Federal de Lavras (Ufla) 

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O Centro Regional de Iniciação ao Atletismo (Cria-Lavras) tem transformado sonhos de crianças, adolescentes e jovens em realidade, por meio do esporte. Os participantes destacam-se além das medalhas conquistadas em competições nacionais e internacionais, eles têm tido sucesso e chamado a atenção também fora das pistas em que competem. Agora eles precisam da sua ajuda para dar continuidade aos seus objetivos, por meio do financiamento coletivo para manter a Casa dos Atletas em funcionamento por 18 meses. 

Como alguns participantes não são estudantes de graduação da Ufla e pertencem a famílias em vulnerabilidade socioeconômica, o professor do Departamento de Educação Física (DEF/Ufla) Fernando Roberto de Oliveira, falecido em outubro do ano passado, que coordenou o projeto desde o início, investiu na criação da Casa dos Atletas e a mantinha financeiramente. Desde o seu falecimento os treinadores voluntários Pablo Ramon Domingos e Pedro Oliveira, além de integrantes do projeto, procuram meios para que os atletas continuem na Casa para manter o treinamento.

Casa dos Atletas 

O professor Fernando, ao participar de eventos da Confederação Brasileira de Atletismo e/ou em competições, identificava atletas que apresentavam pré-disposições biológicas às performances atléticas e propunha que viessem morar em Lavras para treinar e dar continuidade aos estudos. Dessa maneira, surgiu a Casa dos Atletas, para crianças e adolescentes que ainda não tinham ingressado na Universidade.

Treinos em período de distanciamento social 

Durante o período de distanciamento social, em razão da Covid-19, os treinos têm sido realizados seguindo as medidas de segurança. O treinador Pablo comenta sobre a importância de manter os treinos, principalmente para atletas em promoção, que estão iniciando a carreira. "Quando falamos de atletas em promoção, sempre é importante ressaltar que é feito um treinamento a longo prazo para que eles tenham uma base de carreira bem consolidada para alcançarem boas performances na idade adulta. Como não há possibilidade de treinarmos elementos técnicos agora, precisamos garantir um mínimo de condicionamento físico para que quando voltemos para a pista não tenhamos tantos problemas, como lesões por desequilíbrios musculares ou algo similar".

Ele acrescenta que os atletas mais novos, que ainda não são universitários, estão em uma fase de enriquecer o repertório de aprendizagem motora, baseado nas diferentes técnicas de provas do atletismo. "Por estarem em fase de aprendizagem, toda atenção nesse processo, de formação das habilidades motoras, será determinante no futuro".