O Ministério da Saúde recomenda a vacinação às pessoas que residem ou viajam para regiões silvestres, rurais ou de mata
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Minas Gerais está em alerta com o aumento dos casos de febre amarela. Num balanço divulgado ontem, quinta-feira, dia 12, pela Secretaria de Estado de Saúde elevou de 48 para 110 o número de casos suspeitos, com 20 deles considerados prováveis para a doença. No início da semana, quando o surto foi anunciado, eram 23 notificações. Dos pacientes que deram entrada nos serviços de saúde com suspeita da doença, 30 morreram e, destes, 10 têm a febre amarela como causa provável do óbito. No Sul de Minas não existem registros de casos suspeitos.
Ontem também a Secretaria de Estado de Saúde lançou o hotsite que esclarece todas as dúvidas sobre a febre amarela. No endereço eletrônico saude.mg.gov.br/febreamarela o cidadão encontra orientações sobre vacinação, dicas de prevenção, respostas para as perguntas mais frequentes e as últimas notícias relacionadas ao assunto. A ideia da SES é desvendar mitos e levar informações claras e atualizadas à população mineira.
As principais dúvidas dos cidadãos estão relacionadas à vacinação. Afinal, quem deve vacinar? O Ministério da Saúde recomenda a vacinação às pessoas (homens e mulheres) que residem ou viajam para regiões silvestres, rurais ou de mata.
A vacinação também é altamente aconselhável às pessoas que vivem nas áreas endêmicas – imediações de Ladainha, Malacacheta, Frei Gaspar, Caratinga, Piedade de Caratinga, Imbé de Minas, Entre Folhas, Ubaporanga, Ipanema e Inhapim, onde foram notificados os casos suspeitos em Minas Gerais. A população rural e silvestre, agricultores, extrativistas e adeptos do turismo ecológico constituem o grupo de risco.
A vacina, única forma de evitar o contágio da doença, é ofertada no Calendário Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS). Ela está disponível nas unidades de saúde de forma gratuita e deve ser administrada pelo menos 10 dias antes do deslocamento para as áreas de risco.
Todos os estados estão abastecidos com a vacina e o país tem estoque suficiente para atender toda a população. Em 2016, foram repassados aos estados mais de 16 milhões de doses, sendo mais de 3 milhões para Minas Gerais. Devido ao aumento da demanda, pode ocorrer um desabastecimento pontual em alguns municípios, mas o estoque é logo recomposto.
O atual esquema vacinal contra febre amarela é composto por uma dose aos 9 meses de idade e um reforço aos quatro anos. Para pessoas que nunca foram vacinadas ou não possuem comprovante de vacinação, é preciso administrar a primeira dose da vacina e um reforço após 10 anos. Pessoas que já receberam duas doses ao longo da vida já são consideradas imunizadas. A vacina é contraindicada a gestantes e a pacientes com neoplasia, imunodeficiência primária, imunossupressão e submetidos a transplante de órgãos, entre outros.
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