Câmara Municipal de Lavras
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Áudios gravados em uma reunião de vereadores de Lavras que fazem parte de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) vazaram e expuseram diálogos que estão sendo considerados suspeitos.
Nos áudios tem o diálogo entre dois vereadores, apesar de outros estarem participando da reunião a portas fechadas, porém, apenas dois tem frases suspeitas nas gravações que já foram enviadas a Polícia Civil e ao Ministério Público Estadual (MPE) para investigação juntamente com uma Ata Notarial com a transcrição dos áudios. O documento tem data de 25 de junho. O vazamento dos áudios e a cópia do documento foram divulgados nesta quarta-feira, dia 4.
Os vereadores que estão sendo apontados como suspeitos de serem portadores das vozes no áudio em questão são Carol Coelho (Patriota) e o vereador Gilmar da Silva, conhecido como Gil de Ityrapuan (PSB). Os dois parlamentares estão em seus primeiros mandatos.
O que deverá ser investigado, é se a CPI está sendo na verdade uma farsa montada unicamente para forjar e sustentar uma incriminação ao ex-prefeito José Cherem, adversário político de parte da atual composição da Câmara de Lavras. Entre os diálogos vazados tem este:
- "... mas o problema nosso é o Cherem, entendeu?"
- "Então não pode contar".
- "Não pode contar".
Vários outros trechos das conversas estão sendo apontados como suspeitos de uma possível manipulação da composição e andamento da CPI para conseguirem forjar no relatório, exatamente o resultado pretendido por eles, como nestes trechos:
- "... então eu vou tentar por de testemunha pra afastar ele dos trabalhos".
- "Ah, essa é uma boa estratégia porque como testemunha...".
(...)
- "Sim, então aproveita então que ele tá como testemunha então isso anula o voto dele".
Os áudios vazados que o Jornal de Lavras teve acesso podem ser conferidos no final desta matéria, bem como a Ata Notarial na qual foi registrada a transcrição completa dos áudios vazados existentes.
O vazamento destes áudios e seus conteúdos suspeitos acabam por colocar em xeque diante da população os relatórios também de outras CPIs da Câmara de Lavras. Será necessário investigar se a prática de forjar composições, andamentos e conduções de CPIs para conseguir sustentar relatórios contra adversários políticos, prática que os tornariam totalmente parciais, é ou não uma prática comum dos vereadores desta legislatura. Caso isso seja constatado, estarão configurados crimes e certamente vereadores poderão perder mandatos e serem responsabilizados pelos seus atos criminosos.
Clique no play para ouvir os áudios:
Veja a Ata Notarial:
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