Diretora do presídio Anamaria Borges Pereira, diretor-adjunto Fábio Pereira Marcos e o grupo de agentes penitenciários, na solenidade no auditório Juscelino Kubitschek, na cidade administrativa, em Belo Horizonte, recebendo o Certificado do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), do Ministério da Justiça e Segurança Pública
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O governador de Minas, Romeu Zema, participou ontem, quinta-feira, dia 21, na Cidade Administrativa, no auditório Juscelino Kubitschek, da solenidade de entrega do Selo Resgata a 106 empresários mineiros, entre eles, o Diretor de Vendas e Desenvolvimento de Negócios para a América do Sul da Marelli Cofap, Norberto Blumenfeld Klein, representando a empresa em Lavras. Esta foi a primeira vez que o governador Zema participou da solenidade.
As Unidades Prisionais de destaque também foram contempladas e receberam o certificado do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), do Ministério da Justiça e Segurança Pública, que tem objetivo incentivar e reconhecer a responsabilidade social das empresas e órgãos públicos que contratam pessoas privadas de liberdade, cumpridores de alternativas penais e egressos do sistema prisional.
Minas Gerais está em destaque no cenário nacional, com o 1º lugar em número de empresas que empregam detentos e são certificadas pelo Ministério da Justiça. O investimento na recuperação de presos visando o seu reingresso na sociedade, valeu um prêmio ao Presídio Estadual de Lavras.
Para receber o Certificado, assinado pelo secretário de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais, General Mário Araújo, esteve presente ao evento a diretora-geral do Presídio Estadual de Lavras, Anamaria Borges Pereira, o diretor-adjunto Fábio Pereira Marcos, além de um grupo de agentes penitenciários.
Desde que assumiu a direção do presídio em Lavras, cerca de um ano e quatro meses, a diretora Anamaria tem se preocupado na reintegração dos presos na sociedade depois de cumprirem suas penas, para isso, busca ampliar parcerias com empresas e entidades, hoje no presídio de Lavras 10% da população carcerária trabalha, são presos que trabalham internamente, como um pequeno galpão que foi inaugurado em dezembro de 2017, na gestão de Aloísio Antônio Salgado, onde trabalham presos que prestam serviço a unidade da Marelli Cofap. O espaço de 65 metros quadrados foi construído por presos com investimento da empresa italiana.
Os detentos que trabalham recebem o benefício de exercer atividade laboral enquanto cumprem a pena, são selecionados por uma Comissão Técnica de Classificação (CTC). A equipe é composta por profissionais de diversas áreas que observam critérios específicos, como comportamento, tempo de condenação, interesse, aptidão, entre outros.
Para três dias trabalhados, de acordo com a Lei de Execuções Penais, é deduzido um dia na pena do detento. Os detentos que trabalham são escolhidos de acordo com uma série de critérios, entre eles, o de bom comportamento. Estatísticas já comprovaram que este modelo de gestão prisional tem conseguido maiores índices de recuperação.
Na solenidade de ontem, o general Mário Araújo, secretário de Justiça e Segurança Pública, disse que atualmente, 469 empresas e órgãos públicos mineiros mantêm parceria com o sistema prisional em todo o estado. O número de detentos empregados subiu de 13,5 mil, em 2016, para 21.056 em 2019. Apenas neste ano, o mercado absorveu aproximadamente 2,9 mil novos internos do sistema prisional e a expectativa é que os números continuem aumentando.
Definido pela Constituição Federal e pela Lei de Execução Penal, o trabalho possui finalidade educativa e produtiva, além de contribuir para a diminuição da quantidade de presos, uma vez que três dias de trabalho equivalem a um dia a menos de pena. Cada unidade da federação é responsável por incentivar a prática de acordo com a gestão de suas unidades prisionais.
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