
O estudo utiliza resíduos de culturas agrícolas como casca de café, serragem e eucalipto para a produção de pellets e briquetes, biocombustíveis sólidos, eficientes e sustentáveis
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A Universidade Federal de Lavras (Ufla), por meio do Departamento de Ciências Florestais, e gestão administrativa e financeira da Fundecc (Fundação de Desenvolvimento Científico e Cultural), está na vanguarda da pesquisa em conversão energética de resíduos agroflorestais. Coordenado pelo professor Thiago de Paula Protásio, o projeto transforma materiais descartados, como a casca do café e serragem, em combustíveis renováveis de alto valor, como pellets e briquetes.
O processo envolve moagem, secagem e compactação da biomassa em pequenos cilindros, os pellets. Essa transformação concentra o poder energético, facilitando o armazenamento, o transporte e o uso como alternativa sustentável à lenha e a combustíveis fósseis.
A pesquisa, que já dura mais de 10 anos e foi impulsionada por um investimento de R$ 1,4 milhão da Fapemig (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais), recentemente adquiriu um equipamento de ponta para pirólise. Essa nova tecnologia, avaliada em US$ 154 mil dólares, permitirá converter biomassa em energia de forma ainda mais eficiente e sustentável.
Com 80% do projeto concluído, a Ufla não apenas gera resultados práticos, mas também capacita a próxima geração. A partir de 2026, o tema será formalmente incluído no currículo de Ciências Florestais, com a disciplina "Compactação da Biomassa Lignocelulósica".
O professor Protásio enfatiza que o trabalho é uma contribuição real para a diversificação da matriz energética brasileira, a redução de impactos ambientais e a geração de novas alternativas econômicas para o agronegócio.

O professor Thiago de Paula Protásio está entre os cientistas mais influentes do mundo em lista divulgada pela Universidade Stanford (EUA) 2025
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