
Antes de soltar fogos, lembre-se que você pode estar levando sofrimento a pessoas com Transtorno do Espectro Autista, idosos, enfermos, cães, gatos e pássaros. Os fogos desencadeiam uma sobrecarga sensorial e provocam reações diversas aos autistas
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Neste domingo, dia 12 de outubro, o Brasil celebra o Dia de Nossa Senhora Aparecida, feriado nacional de profundo simbolismo religioso. A data é marcada por missas, novenas e o cumprimento de promessas por milhões de fiéis, sendo a mais notória a romaria a pé até o Santuário Nacional de Aparecida, no interior de São Paulo.
Milhares de pessoas de todo o país realizam essas famosas romarias, reafirmando sua fé através da caminhada. Lavras, por sua vez, carrega uma história rica e antiga de devoção à Padroeira.
O registro da primeira romaria organizada em Lavras data de 94 anos atrás, em 17 de agosto de 1931. O evento foi idealizado pelo gerente do "Banco Hypothecário", João Ferreira Júnior. Após uma missa e comunhão, os 55 romeiros de Lavras seguiram em procissão até a Estação Municipal, onde embarcaram em dois carros de passageiros. Centenas de lavrenses foram à Estação para se despedir, em meio a aplausos e orações.
Durante a viagem de trem, rezava-se e entoavam-se cânticos religiosos. Na estação de Conceição, o grupo se uniu ao bispo coadjutor de Campanha, Dom Inocêncio, e a romeiros de outras cidades, como Campo Belo, que reuniu 26 pessoas, Cana Verde, 6 e Perdões com 10 romeiros.
Já a moderna tradição da Moto-Romaria Lavras à Aparecida nasceu em 1998. O movimento começou de forma modesta: apenas seis motociclistas se reuniram no Bar do Tiaguinho, próximo à estação Costa Pinto, para organizar uma viagem de lazer que se tornou um ato de fé. Ao retornarem, decidiram repetir o feito, nascendo assim uma tradição que se repete há 27 anos, levando anualmente centenas de motociclistas lavrenses ao Santuário.
Um apelo à consciência: substituir fogos de artifício por generosidade
No Dia da Padroeira, uma tradição que perdura, mas que tem sido cada vez mais questionada é a soltura de fogos de artifício. Este hábito danoso causa sérios impactos negativos na saúde e no bem-estar de pessoas e animais.
Os fogos de artifício prejudicam muito as pessoas com TEA (Transtorno do Espectro Autista). Elas apresentam hipersensibilidade sensorial a estímulos do ambiente, e o barulho excessivo das explosões pode causar crises de ansiedade e grande sofrimento.
Animais domésticos, como cães e gatos também sofrem muito com o barulho, podendo ter taquicardia, ataques de pânico e fugas que resultam em acidentes.
Os danos se estendem também a pássaros e a vida selvagem. A soltura de fogos assusta e desorienta as aves; muitos pássaros abandonam seus ninhos ou morrem ao colidir em desespero com janelas e paredes.
Se a intenção é homenagear a Padroeira, sugere-se uma atitude de maior generosidade e compaixão em substituição ao hábito dos fogos. Troque o valor gasto em artefatos explosivos por ações concretas, como a compra de alimentos para doação a famílias carentes.
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