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Nos dias 20 e 21 de junho, Lavras será palco de uma celebração inédita: a Festa Junina do Sol, um evento que une astronomia, cultura popular e criatividade em torno de um fenômeno raro e visível a olho nu. A proposta é simples e poética: ao meio-dia solar, moradores e visitantes são convidados a "vestir sua própria sombra" - momento em que ela estará exatamente do mesmo tamanho que o corpo - e compartilhar o registro nas redes sociais com a hashtag #SolstícioLavras.
O fenômeno, que ocorre no solstício de inverno, acontece quando o Sol atinge seu ponto mais alto no céu e projeta sombras perfeitamente proporcionais ao corpo humano. Essa coincidência geométrica, resultado da posição do Sol a cerca de 45° no céu, forma um triângulo ideal entre a pessoa, a sombra e o feixe de luz solar.
A cidade de Lavras está no lugar certo para isso: situada próxima ao paralelo 21,5° sul, sua posição geográfica faz com que, durante o solstício de inverno, o ângulo solar esteja quase exatamente alinhado com a latitude local - o que torna o fenômeno ainda mais marcante. Por aqui, o momento ganhou até um apelido carinhoso: "Sol tombado", quando o astro parece se inclinar sobre a cidade, desenhando figuras simétricas e nítidas no chão.
A Festa Junina do Sol também é um convite à criatividade. A organização incentiva os participantes a interagirem com suas sombras usando roupas típicas, adereços ou objetos que ampliem a experiência estética e sensorial.
"É uma forma de trazer o céu para perto das pessoas, usando o próprio corpo como ponte entre a Terra e o Sol", afirmam os idealizadores.
Combinando ciência, arte e identidade cultural, a ação propõe um novo olhar sobre o tempo, o espaço e a presença humana, reafirmando Lavras como um território de encontros - com o céu, com a natureza e com a própria sombra.
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