Foto dos prédios conhecidos como Nave 1 e Nave 2 da Ufla
O governo jogou a tolha e encerrou ontem, domingo, dia 26, as rodadas de negociações com os servidores públicos federais em greve. O Ministério do Planejamento deu prazo até amanhã, terça-feira, dia 28, para que os representantes das categorias assinem os acordos concordando com o reajuste de 15,8%, dividido em três anos, proposto pelo governo. Quem não concordar ficará sem o aumento.
O fato de ficar sem o aumento não é uma retaliação do governo, é que na sexta-feira, dia 31, termina o prazo para o envio do Orçamento ao Congresso Nacional, com a previsão de gastos com a folha de pagamento dos servidores para 2013.
Para os professores universitários, a proposta do governo foi de reajustes que variam entre 25% e 40%, nos próximos três anos, e redução do número de níveis de carreira de 17 para 13. A oferta terá custo de R$ 4,2 bilhões para a folha de pagamento, segundo o Ministério do Planejamento.
Já os servidores administrativos das universidades, o impacto do reajuste será de R$ 2,9 bilhões. O acordo prevê além do reajuste "parâmetro", incentivos à titulação. Todas as propostas feitas pelo governo se aceitas, devem onerar em R$ 18,95 os gastos com pessoal no período de três anos, elas prevêem reajustes de 15,8%, fracionados até 2015.
Para o governo a greve deixou de braços cruzados 80 mil servidores, já os sindicatos das categorias paradas falam em 350 mil. Em Lavras a greve da Universidade Federal de Lavras (Ufla) tem trazido prejuízos para o comércio.