o governo ofereceu um novo reajuste e isso provocou uma divisão entre as entidades que representam os grevistas: Proifes e o Andes. Foto ilustrativa
O governo e professores universitários em greve realizaram mais uma rodada de negociação, o governo ofereceu um novo reajuste e isso provocou uma divisão entre as entidades que representam os grevistas, a Federação de Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes) e o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes). O primeiro divulgou um comunicado indicando a aprovação da proposta.
Já o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), que representa a maior parcela dos grevistas, criticou duramente as "mudanças pontuais" realizadas pelo governo e deve indicar a manutenção da paralisação, que será decidida em assembleias locais realizadas até amanhã, sexta-feira.
Em nota divulgada ontem, quarta-feira, o Proifes sugeriu "aprovar a proposta do governo e indicar aos professores o voto favorável na consulta à aceitação da proposta" e "aprovar a assinatura do acordo com o governo e indicar o posterior encerramento da greve, na hipótese de os professores votarem favoravelmente à proposta na consulta".
Já o Andes avaliou durante todo o dia a proposta oferecida pelo governo, segundo informou uma das representantes do sindicato no Comando Nacional de Greve (CNG). No site do Andes, publicado ontem, quarta-feira, aquela entidade lembrou que "em sua essência, o texto [nova proposta do governo] mantém a desestruturação da carreira docente, pois propõe pequenas mudanças relativas à promoção na carreira docente e às tabelas salariais correspondentes" e finalizou informando que segue analisando a proposta para "manter e fortalecer a greve".
A manifestação do Andes foi seguida pelo Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe), que também fez críticas à falta de uma proposta adequada para a carreira de docentes e servidores. Em documento divulgado ontem à noite, o Sinasefe pontuou que "a proposta do governo não constitui, sob nenhum ponto de vista, uma 'reestruturação de carreira', mas sim uma desestruturação progressiva".