Marco noturno da Ufla
A greve das universidades federais pode estar perto do fim, isso porque ontem, sexta-feira, dia 13, numa reunião realizada com técnicos do Ministério do Planejamento e professores foi apresentada uma proposta de reajuste de até 45% para a categoria. Se a proposta for aceita, os aumentos passam a valer a partir de janeiro de 2013 e serão dados ao longo de três anos.
A proposta foi apresentada pela ministra do Planejamento, Miriam Belchior, depois de uma conversa com a presidente Dilma Rousseff. Segundo a ministra, a presidente Dilma elegeu os professores como prioridade diante da necessidade do país de melhorar o nível educacional, vital para o crescimento da economia.
Com este aumento, a conta para o governo será de R$ 3,9 bilhões por ano. Os professores estão avaliando a oferta e caso aceitem os reajustes, serão inseridos na proposta orçamentária que será enviada ao Congresso até o fim de agosto.
Se a notícia é boa para os professores, para os servidores, que também estão parados, nem tanto, a ministra garantiu que ainda estão sendo estudados os reajustes, mas não há a menor possibilidade do governo acatar a fatura de R$ 92,2 bilhões, apresentada pelo funcionalismo. Pelas contas da ministra, se essa conta fosse aceita, a folha salarial aumentaria mais de 50%. Segundo ela, os R$ 92,2 bilhões representam 2% do PIB (Produto Interno Bruto) e são mais do que o dobro daquilo que o governo gastará esse ano com o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Para a ministra Miriam Belchior os servidores devem ter a compreensão de que o momento econômico não permite ao governo assumir gastos tão pesados, sobretudo diante da piora da crise internacional de maio para cá.