Foto ilustrativa
A juíza da cidade de Três Corações, que decidiu colocar em liberdade cem detentos ligados ao tráfico de entorpecentes, sob a condição de que eles frequentassem uma série de palestras que teriam início neste mês, provavelmente ficou decepcionada com o resultado: dos cem detentos, cinco não puderam ganhar a liberdade porque além do envolvimento com o submundo das drogas, tinha outras pendências com a justiça, e dos 95 traficantes colocados na rua pela juíza Áila Figueiredo, apenas 44 compareceram à primeira, de uma série de palestras. Os outros 51 detentos não compareceram, eles traíram a confiança da juíza que havia acreditado neles e em sua tese de que as palestras recuperariam traficantes.
Agora, os 51 detentos que ganharam as ruas de Três Corações terão ainda mais uma chance oferecida pela justiça: eles serão intimados para, em 48 horas, justificar a ausência.
Enquanto isso, em Santa Rita do Sapucaí, onde o juiz daquela cidade, José Henrique Mallarman, também fez algo diferente: colocar os presos para trabalhar e a metade de seus salários entregues às suas vítimas para ressarcir os danos causados, está dando certo. Os presos daquela cidade estão trabalhando para pagar suas vítimas.
José Henrique Mallman, idealizador do projeto, pensa diferente de sua colega de Três Corações, para ele, o detento que trabalha e paga quem ele prejudicou tem a chance de redimir pelos crimes perante a sociedade.