Foto divulgação: Tonico e Tinoco
"A viola tá soluçando, soluça mágoa de dor. Porque sabe que o seu dono, já não é mais cantadô. Não chore viola magoada, o poeta que falou: enquanto existir viola existirá o cantadô".
Um grupo de apaixonados pela música caipira, a música de raiz, se reuniu neste final de semana na praça Dr. Jorge para conversar, de forma informal, sobre a obra que imortalizou a dupla Tonico e Tinoco. O Tinoco, alcunha de José Perez, morreu aos 91 anos de idade na madrugada de sexta-feira, dia 4, no Hospital Municipal Ignácio de Proença de Gouvêa, na Mooca, Zona Leste de São Paulo. Tinoco fez dupla com o irmão Tonico em uma parceria que durou quase seis décadas.
Os amantes da música de raiz lembraram as passagens da dupla por Lavras nas décadas de 40 e 50, quando aqui se apresentavam em circos. A dupla acabou com a morte de Tonico, apelido que foi dado a João Salvador Perez, em 1994.
Eles lembraram também que mais recentemente, em 2006, Tinoco esteve em Lavras, quando participou do lançamento do CD "Viola de Todos os Cantos".
Tonico e Tinoco formaram uma dupla caipira ou de raiz considerada a mais importante da história da música brasileira do gênero e a de maior referência.
Em 60 anos de carreira, Tonico e Tinoco realizaram quase 1000 gravações, divididas em 83 discos. Tonico e Tinoco venderam mais de 150 milhões de cópias, realizando cerca de 40 mil apresentações em toda a carreira, das quais, cinco em Lavras.