Negis Rodarte, Assistente da Promotoria no caso do acidente de Simone Cristina Silvério
O esperado julgamento do estudante William de Souza Pedroso, acusado de ter provocado o acidente que matou uma jovem e mutilou outra, em 6 de março de 2005, por volta das 4h da madrugada, na avenida Fábio Modesto, mais uma vez frustrou a família de Simone Cristina Silvério (foto abaixo), que morreu no local e a família de Janaína Guarieiro Ribeiro Assis, que ficou mutilada, perdendo parte de uma das pernas.
No primeiro julgamento, marcado em março de 2008, o advogado de defesa do réu não compareceu ao julgamento e alegou sua ausência devido a um problema de "unha encravada", o que, segundo sua alegação, "impossibilitaria sua vinda a Lavras".
A curiosa alegação do advogado não foi aceita pelo juiz, na época, Denis Ferreira Mendes, que indeferiu o pedido e nomeou um defensor público para o réu. Na mesma data designou um novo julgamento, no entanto, a defesa entrou com um pedido de desaforamento, que na linguagem jurídica significa tirar da cidade o julgamento, transferindo-o para outra comarca, o que foi recusado pelo tribunal.
Uma nova data foi, então, marcada para o dia 5 de julho de 2010. Mesmo os familiares do réu e seus defensores sabendo da nova data, marcada há 2 anos, William não foi encontrado nos endereços fornecidos no processo, sendo que um oficial de justiça certificou que uma pessoa ligada a ele havia lhe informado que William estaria de férias.
Devido a isso, o promotor de justiça Aécio Rabelo pediu sua prisão preventiva, o que foi acatado pelo juiz Célio Marcelino da Silva, juiz da primeira Vara Criminal de Lavras, decretando sua prisão por conveniência e instrução criminal e garantia da ordem pública.
O advogado Négis Rodarte, assistente da promotoria, disse à reportagem do Jornal de Lavras: "Lamentamos profundamente o ocorrido, no entanto, os familiares de Simone ainda continuam acreditando na justiça, e desejam que o presente caso sirva de exemplo para que outras famílias não sintam esta dor eterna, que é a perda de uma filha".
O advogado Négis Rodarte disse ainda: "Desejam, sim, a punição dentro da grande reprovabilidade da conduta de William. Buscando dar a cada um aquilo que é seu".
O advogado de William de Souza Pedrozo, Washington Corrêa Lima, não foi encontrado pela reportagem para falar da decisão do juiz Célio Marcelino da Silva.