Dulce Maia, uma lavrense que foi vítima de tortura na época da repressão
A Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa de Minas Gerais aprovou parecer de 2º turno favorável ao projeto de lei do deputado Durval Ângelo (PT), que determina o pagamento de indenização às vítimas de tortura praticada por agente público do Estado. O relator, deputado Vanderlei Miranda (PMDB), opinou pela aprovação do projeto na forma como foi votado em Plenário em 1º turno (forma do vencido). Agora, a proposição já pode ser discutida e votada pelo Plenário em 2º turno.
De acordo com o texto aprovado, será pago o valor entre 2,5 mil e 5 mil Ufemgs às vítimas de lesão corporal de qualquer natureza; 5.001 e 10 mil Ufemgs aos casos de invalidez parcial; no mínimo 40 mil Ufemgs no caso de invalidez permanente; e no mínimo 50 mil Ufemgs em caso de morte da vítima sendo que as indenizações, neste caso, serão pagas ao cônjuge, descendentes ou ascendentes. Na opinião do deputado Durval Ângelo, o projeto, se aprovado, "irá inaugurar uma nova era na prevenção e no combate à tortura em Minas Gerais".
Uma lavrense foi vítima de tortura na época da repressão: Dulce Maia. Ela esteve presa, foi espancada e barbaramente torturada. Dulce é prima do museólogo Ângelo Alberto de Moura Delphin. Recentemente a direita afirmou que Dulce Maia, era o codinome da presidente eleita Dilma Rousseff. Mas Dulce é lavrense e irmã do publicitário Carlito Maia.
Dulce Maia, hoje ambientalista, é ex-militante da VAR-Palmares, o mesmo grupo a que pertencia a presidente eleita Dilma Rousseff na época da ditadura militar.