Fotos ilustrativas de cachaças
Os produtores de cachaça podem comemorar a vitória de uma luta que se arrasta há 40 anos: os americanos finalmente vão reconhecer a cachaça como um produto brasileiro. Naquele país, ela é conhecida como "rum brasileiro". Os mineiros tem motivos de sobra para poder comemorar, já que em Minas são produzidas 60% da cachaça brasileira.
Você deve estar perguntando: qual a vantagem? A vantagem principal é a redução da carga tributária, que pode chegar, segundo estimativa do presidente do Instituto Brasileiro da Cachaça (Ibrac), César Rosa, a aproximadamente 40%. Outra vantagem é que apenas a aguardente nacional poderá ser comercializada nos Estados Unidos com o rótulo "cachaça". Para o presidente da Ibrac, César Rosa, "ficaremos numa posição privilegiada no maior mercado consumidor do mundo".
O processo de reconhecimento começou ontem, segunda-feira, durante a visita da presidente Dilma aquele país. O acordo foi assinado pelo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, e o representante de Comércio dos Estados Unidos, Ron Kirk. No acordo, ficou acertada a contrapartida do governo Dilma Rousseff: reconhecer os uísques tipo Bourbon e Tennessee como destilados legitimamente americanos. As novas regras favoráveis à aguardente devem entrar em vigor, conforme acredita o presidente do Ibrac, que enviou um representante a Washington, em até quatro meses.
Na região de Lavras são produzidas cachaças de qualidad. Em Lavras, a mais conhecida cachaça produzida é a Bocaina, que não é exportada, mas também se beneficiará com as medidas tomadas ontem nos Estados Unidos. No ano passado, as exportações de cachaça brasileira somaram US$ 17,3 milhões para todo o mundo. Desse total, os americanos compraram US$ 1,8 milhão.