Dario Júlio, piloto lavrense vencedor de seis edições do Enduro da Independência.

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Em 1983, esportistas e pessoas ligadas à história e a cultura se reuniram e criaram o Enduro da Independência, a proposta era de reconstruir de motocicleta a viagem que Dom Pedro realizou na época do Império, do Rio de Janeiro a Vila Rica, hoje Ouro Preto, viagem que começou no dia 25 de março de 1822 e terminou abril, foi quase um mês em cima de lombo de mulas e cavalos.

De acordo com dados históricos, a comitiva real levou 15 dias para chegar a Via Rica em função das várias paradas para homenagens e recepções em várias vilas e fazendas. Já o retorno foi mais rápido: cinco dias. Segundo os dados históricos, D. Pedro e comitiva utilizaram um caminho mais curto, sem passar por São João del-Rei, atualmente conhecido por "Caminho Novo" e retratado nos mapas de Eduardo Canabrava.

O objetivo da comitiva real era buscar apoio político contra as Cortes Portuguesas e para debelar uma possível rebelião, que poderia emergir da instalação de uma junta de Governo Provisório em Vila Rica.

Este trajeto histórico é refeito desde 1983, com o tradicional Enduro da Independência, uma competição realizada com motocicletas fora da estrada e de longa duração, reconstruindo o trajeto percorrido pela comitiva real em 1822. Esta é a 41ª Edição do mais tradicional e emblemático enduro de Regularidade do Brasil.

Lavras faz parte desta história, quer com pilotos participantes e vitoriosos, como Dario Júlio, campeão por quatro vezes consecutivas, de 2007 a 2010, quer com o apoio ao evento. Outro piloto lavrense que ajudou a escrever um capítulo desta história foi o inesquecível Tunico Maciel.

Este ano, Lavras faz parte do trajeto dos melhores pilotos do Brasil: no dia 5 de setembro, máquinas e pilotos chegam a Lavras procedentes de Ouro Branco e no dia seguinte, dia 6 de setembro, eles seguem para Baependi, onde serão conhecidos os campeões da edição de 2024.