Por José Marcio Faria*
Teste: Você sabe o que é isso?
Seria um código alienígena? Resposta no final da coluna (e não estou falando do cóccix).
Da série "Quem foi o gênio que inventou isso?": Invenção de hoje: Suplente de deputado. Uma das maiores aberrações na política brasileira é a tal suplência de cargos do Legislativo. Vamos tomar como exemplo o caso da Câmara Federal. São 513 deputados. É uma "deputaiada danada", como diz o João Plenário. É muito deputado, chega a sair pelo ladrão (sem o trocadilho óbvio, por favor). Pois bem, a pergunta é: faria alguma diferença se, ao longo dos quatro anos de mandato, uns 10% desses deputados deixassem o cargo? Seja para ocuparem outros cargos (isso é comum), por terem ido pro xadrez (isso é raro) ou pro beleléu (isso é engraçado). A Câmara poderia perfeitamente continuar funcionando com 460 deputados até completar os quatro anos daquela legislatura. As cadeiras dos deputados ausentes ficariam lá, vazias. Qual o problema?
Coisas que ninguém aguenta mais: "Desconto" no preço de remédios nas grandes redes de drogarias. Você pergunta quanto custa um determinado medicamento e depois de 56 cliques no computador, o atendente informa: "Esse remédio custa mil e quatrocentos e oitenta e sete reais e cinqüenta e nove centavos, mas tá saindo por oito reais e cinqüenta e nove centavos. Ou seja, tá com um desconto de mil e quatrocentos e setenta e nove reais". É ou não é assim? Claro que R$8,59 é o preço real do medicamento em questão! O resto é pirotecnia! Me impressiona que eu gosto!
Da série "Odeio a Revista Caras": Manchete na capa:"Talitha Morete deixa programa do Faustão". E o Kiko? E o Kiko tenho com isso?
Deu na imprensa: Letícia Spiller exibe barrigão de oito meses em passeio em Ipanema.
Enquanto isso, Ronaldo Fenômeno, em férias no Caribe, exibe sua barriguinha de tanque...
Coisas que mudam de nome: Vocês já perceberam que várias coisas ao nosso redor estão mudando de nome? Objetos que estão aí há muito, mas muito tempo mesmo, simplesmente são rebatizados, assim, sem aviso prévio! Exemplos não faltam. Um dia desses vi, em um supermercado, uma tábua de carne. A boa e velha tábua de carne que assim é chamada há uns 500 anos. Lá estava ela, em uma embalagem toda cheia de frescura, vendida com o nome de "prancha de alimentos". Só com a mudança do nome, o preço quase dobrou! Outro exemplo: no Primário, desculpe, Ensino Fundamental, aula de reforço virou aula de assessoria. Mas como?? O nome era aula de reforço desde os meus tempos de Científico. Desculpe, Segundo Grau. Desculpe, Ensino Médio. Outro caso é a taxa de iluminação pública. Sempre teve esse nome, né? Mudou também! Agora é "contribuição para o custeio da iluminação pública". Os moradores de rua foram elevados à pomposa categoria de "População em situação de rua". Carros usados agora são semi-novos. Pneu recauchutado agora é "remold". Outro exemplo: a área para churrasqueira que muitos tem em casa, virou espaço gourmet! Percebam que o novo nome é sempre mais delicado que o original. Ninguém propõe o contrário, ou seja, substituir um nome suave por um tosco. Assim, nécessaire vai continuar sendo nécessaire e croissant vai continuar sendo croissant...
Da série "Porque eu amo o YouTube": www.youtube.com/watch?v=-dXyGYFmTKU
Resposta do teste: São os números (contagem regressiva) no semáforo da Rua Misseno de Pádua, esquina com a Rua Prof. Azarias Ribeiro.
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*José Marcio Faria odeia, além da Revista Caras, o BBB. Contato: manicomionews@gmail.com
