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Publicada em: 21/07/2014 17:25 - Atualizada em: 31/03/2015 12:20
Revitalização do obelisco resgatou a história de um grande lavrense
O prefeito Marcos Cherem, em seu discurso, citou um lavrense que jamais poderá ser esquecido: Elcídio Grandi, o homem de uma cultura extraordinária

Solenidade foi realizada neste domingo. Foto: Ascom PML

 

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Ontem, domingo, dia 20 de julho, Lavras completou 146 anos que foi elevada à categoria de cidade, isso ocorreu no dia 20 de julho de 1868, pela Lei Provincial de número 1.510, que elevou a Vila de Lavras à categoria de cidade; neste mesmo dia e nesta mesma lei conta também, além de Lavras, as vilas de Aiuruoca e Piumhi.

A data comemorada pelos lavrenses é 13 de outubro, data em que o arraial de Lavras foi elevado à categoria de Vila, isso foi no dia 13 de outubro de 1831. Além do arraial de Lavras, foram elevados à categoria de vilas, naquele dia, as seguintes povoações: São Manoel do Pomba, Curvelo, Tijuco, Rio Pardo, São Romão, Pouso Alegre e Formiga. Em cada uma das vilas foram criadas Câmaras Municipais, dois juízes ordinários e um de orphão, para simplifica e deixar claro, podemos dizer que os arraiais passaram a ter "personalidade jurídica".

A Câmara Municipal, responsável pela administração da recém-criada vila, foi instalada dez meses depois, no dia 14 de agosto de 1832, ela foi criada por decreto de 13 de outubro de 1831. Sua primeira sessão realizou-se na residência do vereador Francisco José Teixeira e Souza. A primeira Câmara ficou assim constituída: José Antônio Diniz Junqueira, presidente; Francisco José Teixeira e Souza, Thomáz de Aquino Alves de Azevedo, Antônio Caetano de Andrade, Antônio Simões de Souza, Manoel Thomaz de Carvalho e Domingos de Abreu Salgado.

Os primeiros funcionários da Vila de Lavras foram: secretário da Câmara, Antônio Ferreira Valongo; procurador municipal, capitão João de Deus Alves do Nascimento; fiscal, capitão João Manoel Custódio Netto; porteiro da Casa da Câmara, José Ferreira Godinho; coletor, capitão Pedro Alves de Andrade; escrivão da coletoria, Luciano Antônio Brasileiro; promotor público, padre Francisco de Assis Braziel, conhecido pela alcunha de padre Tutu.

Ontem, dia 20 de julho de 2014, a data foi lembrada durante a revitalização de um símbolo da cidade, o marco geográfico, ou o "pirulito", como é popularmente chamado o obelisco que por lei estadual, todas as cidades mineiras que foram referência para o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), deveriam erguer no local exato da colocação do selo das coordenadas geográficas.

O selo foi colocado na praça em 1937, com as coordenadas geográficas, altitude e outras informações. O primeiro selo afixado no chão da praça Augusto Silva, tinha a identificação de Instituto Nacional de Estatística, antiga denominação do IBGE. Em 28 de novembro de 1940, o prefeito Jacintho Scorza denomina de praça da Bandeira uma parte da praça Dr. Augusto Silva, atendendo a um pedido do Comando de Defesa Nacional, que solicitou de todas as prefeituras do Brasil uma prova de "civismo e demonstração de amor ao Pavilhão Nacional". O selo protegido por lei federal ficou então na Praça da Bandeira, hoje praça Leonardo Venerando Pereira. No dia 20 de julho de 1944, foi inaugurado o monumento que teve o selo de bronze substituído.

Ontem o prefeito Marcos Cherem entregou a população o monumento revitalizado, disse que foi um resgate da história e citou o radialista Elcídio Grandi como responsável pela edificação do obelisco. O que as pessoas presentes não sabiam, é que o prefeito Marcos Cherem, naquele discurso, resgatou não só a história do obelisco, mas a história de Elcídio Grandi, que foi, além de radialista, um jornalista completo.

Elcídio foi um dos primeiros locutores da Rádio cultura de Lavras, a ZYI-6. Era pintor, escultor, fotógrafo e desenhista projetista. Era um amante da arte e possuidor de grande sensibilidade, colecionava antiguidades, discos de óperas, programas de peças teatrais e uma série de outras coisas. Elcídio era o que podemos chamar de "colecionador de coleções". Ele era frequentador dos teatros do Rio de Janeiro, São Paulo e do Cervantes Theatre, na avenida Córdoba, em Buenos Aires.

Elcídio Grandi trabalhou em emissoras de rádio da Argentina, Uruguai e Paraguai. No Brasil, trabalhou nas principais emissoras do país, tais como: Tupi, Nacional e Globo, nesta última criou a vinheta que tornou a Globo conhecida por todos: "O Globo no ar", frase que é usada até hoje pela emissora carioca.

Elcídio Grandi era lavrense, filho de Américo Grandi e Carlinda Andrade Grandi, morreu em Lavras aos 75 anos de idade no dia 12 de maio de 1998. Dos filhos de Américo Grandi, três irmãos de Elcídio ainda estão vivos, são eles: Lúcia Grandi Salgado, Terezinha Grandi Seabra e Álvaro Grandi, este último reside no Triângulo Mineiro.

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