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Matéria Jornalística /


Publicada em: 13/01/2022 09:09 - Atualizada em: 13/01/2022 14:03
Fim do convênio Ufla-Prefeitura de Lavras ocorrido ano passado está tendo reflexo negativo para a população agora
Falta de exames disponíveis para testes de Covid-19 dificultam o enfrentamento da pandemia em um momento crítico para todos nós

LabCovid, laboratório da Universidade Federal de Lavras (Ufla), que realiza exames para detectar a doença, o LabCovid é um dos mais modernos do Brasil. Foto Ascom/Ufla

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Lavras e sua microrregião, assim como todo o Brasil, veem sua rede primária de atendimento pública, os Pronto Socorros dos Hospitais e UPA/24 horas, colapsando devido a enxurrada de pacientes com sintomas gripais em busca de um diagnóstico. Concomitantemente, as farmácias e laboratórios estão suspendendo a marcação de exames por falta de capacidade operacional e insumos para realização dos testes de Covid-19. Somente em um dia desta semana, quase 700 pessoas apareceram como infectadas nos boletins.

Recentemente carta pública encaminhada pelo Conselho de Entidades da Ufla, enviou manifesto solicitando à prefeitura que tomasse providências em virtude do atual cenário enfrentado.

Ao mesmo tempo sabemos que a própria Ufla possui um dos laboratórios mais modernos do mundo e com alta capacidade de testagem para fazer o diagnóstico da Covid-19. Foi adquirido integralmente com recursos públicos federais com o propósito, único e exclusivo, de ajudar a população no enfrentamento da pandemia.

Inaugurado pelo reitor João Chrisóstomo, pelo então prefeito à época, José Cherem, e pela professora doutora Joziana Barçante, em outubro de 2020, celebraria ainda no mesmo ano, um convênio entre a Ufla e Prefeitura de Lavras com capacidade para realização de milhares de exames mensais para diagnóstico dessa terrível doença. E assim foi feito, até maio de 2021: pelo menos 6 mil exames foram realizados gratuitamente em toda a população de Lavras e região.

Instituições públicas como os bombeiros, policiais civis, militares, profissionais de saúde da UPA, Vaz Monteiro, Santa Casa, funcionários públicos, trabalhadores da Associação dos Catadores e Materiais Recicláveis (Acamar), além de centenas de cidadãos foram testados nos 5 primeiros meses do ano de 2021.

O LabCovid foi coordenado entre janeiro e maio de 2021 pela professora Joziana Muniz de Paiva Barçante e pelo médico José Cherem, ambos servidores públicos da Ufla e nomeados para tal atividade.

A partir de junho, a coordenação do Laboratório foi modificada, passando então aos cuidados do professor Bruno Del Bianco Borges. Posteriormente o convênio entre Ufla e PML foi rompido pela prefeita Jussara Menicucci, e recentemente um montante em torno de R$1,3 milhão foi devolvido aos cofres públicos municipais. A pergunta que fica é: por que isso aconteceu? Por que a equipe de profissionais, pesquisadores, estudantes e pós-doc que atuava no LabCovid/Ufla, foi desmontada? Qual o interesse público foi atendido com essa ruptura?

Esta semana, a Prefeitura de Lavras comunicou oficialmente que interrompeu a realização de exames para detectar Covid nos PSFs porque acabaram os três mil kits para testes que tinham sido comprados, o que significa que a partir de agora, menos testes serão realizados em Lavras. Com isso, a população sente agora o prejuízo do fim do convênio Ufla-Prefeitura, pois o LabCovid poderia estar realizando com tranquilidade a demanda de testes da população lavrense.  

Ufla e Prefeitura de Lavras não deveriam retomar o convênio em caráter emergencial? Não deveriam retomar urgentemente o que nunca deveria ter sido interrompido? Voltar a operar em capacidade máxima e realizar milhares de exames que tanto necessitamos neste momento?

Teremos semanas extraordinariamente duras em relação à pandemia com a entrada da variante Ômicron. O LabCovid trabalha longe de sua capacidade máxima. A prefeitura necessita de exames urgentemente para atender sua população. Essa situação precisa ser resolvida e as vaidades deixadas de lado.

No mínimo, toda essa situação demonstra uma enorme falta de sensibilidade dos nossos gestores. Os cidadãos e cidadãs, pagadores de impostos, às crianças, os professores, os profissionais de saúde e todos os demais, necessitam que alguma atitude seja tomada.

Essa é uma daquelas situações que seria anedótica, se não fosse o que na realidade realmente é, uma tragédia na gestão de recursos e na saúde pública.

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