Rosa Luto

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A Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) perdeu hoje, dia dois de novembro, talvez o mais antigo militar da reserva do estado: trata-se do tenente Antônio Caetano Pereira, o Tenente Caetano, como era conhecido o militar que nasceu no dia 7 de agosto de 1918.

Aos 19 anos, em 1937, ingressou na Força Pública de Minas Gerais, hoje Polícia Militar, onde atuou até 1967, quando reformou. Quando ele nasceu, o mundo ainda estava em guerra, já que o fim da Primeira Grande Guerra Mundial foi em novembro, quando ele tinha três meses de vida. Na época, era presidente do Brasil Wenceslau Brás. Desde o seu nascimento até hoje, no dia de sua morte, se passaram 33 presidentes, incluindo na conta a junta militar, os que não tomaram posse por razões diversas e os que assumiram por períodos curtos.

Ele foi uma testemunha de grande parte da história do Brasil e do mundo. Quando tinha 11 anos o mundo estremeceu com o Crash da Bolsa de New York, viveu o período da ascensão e queda do Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães (Nazismo), fundado em 1920 e liderado por Adolf Hitler. O tenente Caetano foi uma testemunha da Segunda Grande Guerra, da Guerra da Coréia, do Vietnam e tantas outras. Ele passou pela pandemia da Gripe Espanhola, de 1918 até 1920 e agora foi testemunha de mais uma pandemia mundial, a da Covid-19.

A vida do tenente Caetano, que viveu mais de um século, representa um capítulo da história da PM mineira e principalmente do 8º Batalhão, que sequer existia quando ele nasceu. Ele também foi um capitulo da história da Banda de Música da corporação, onde atuou.

Antônio Caetano Pereira era viúvo de dona Naldetina, a dona Vinda, era pai do coronel do Exército Ubirajara Pereira, já falecido, ele deixou netos e bisnetos, além de amigos e admiradores.

Antônio Caetano Pereira, o tenente Caetano, nasceu no dia 7 de agosto, Dia de São Caetano, e faleceu no Hospital Vaz Monteiro às 5h da manhã de hoje, Dia de Finados. Seu corpo está sendo velado na Capela 2 do Velório São João Batista e será sepultado às 16h no Cemitério São Miguel.