Equipe que participou da Operação Petróleo Real em Lavras recebeu as instruções na Depol minutos antes da operação. Foto: Polícia Civil de Lavras

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Divulgado o resultado da Operação Petróleo Real, que foi desencadeada em todo o país. Em Minas foram envolvidos na operação quase 500 servidores. Em três dias de fiscalização realizada em 63 municípios, entre eles Lavras, 203 postos de combustíveis apresentaram irregularidades e foram autuados, isso representa 39% dos 516 vistoriados.

Nestes municípios onde ocorreram a operação integrada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública e Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), foram aferidas 648 bombas de combustível, sendo que 91 estavam irregulares. Outros itens também foram analisados, como qualidade do combustível e a validade dos produtos.

Os fiscais identificaram a presença de metanol na gasolina vendida - substância que é consumida mais rapidamente pelos veículo - bombas que disponibilizavam menos combustível que a quantidade constante no mostrador e o valor cobrado, além de vazamento nos equipamentos. Segundo o governo estadual, boa parte dos estabelecimentos autuados é reincidente, pois, em fiscalizações passadas, já haviam sido identificadas várias irregularidades.

As fiscalizações foram em alvos pontuais, que haviam apresentado irregularidades no passado, ou que já estavam sob investigação, neste caso os fiscais agiram em Lavras, Contagem, Betim e Belo Horizonte, foram 21 postos fiscalizados e 104 bombas verificadas. Seis foram autuados e 27 bombas tinham irregularidades.

Em Minas, as fiscalizações foram desencadeadas simultaneamente em Araguari, Barbacena, Boa Esperança, Caeté, Campo Belo, Capelinha, Carangola, Conceição da Aparecida, Conselheiro Lafaiete, Coromandel, Frutal, Itabira, Itajubá, Ituiutaba, Iturama, Janaúba, Juiz de Fora, Monte Carmelo, Muriaé, Paracatu, Passos, Pirajuba, Pirapora, Poços de Caldas, Rio Pomba, São Francisco, São Sebastião do Paraíso, Sarzedo, Três Pontas, Ubá, Uberaba, Uberlândia e Unaí. Em Itabira, dos 20 postos fiscalizados, 17 foram autuados.

Em todo o Brasil foram fiscalizados 2.099 postos de combustíveis, sendo 811 autuados. Ao todo, foram encontradas 350 bombas irregulares, sendo que 91, ou seja, 26%, estavam em Minas. Minas foi o estado onde ocorreu o maior número de fiscalizações em postos de combustíveis durante a operação. 

Em Minas, participaram da operação a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), a Polícia Federal (PF), a Polícia Rodoviária Federal (PRF), as polícias Militar (PM) e Civil (PC) dos estados, Guardas Civis Municipais e secretarias de Segurança Pública. Os nomes dos postos de combustíveis fiscalizados e os nomes dos autuados não foram divulgados pelas autoridades.