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Autor da denúncia que balançou o país, a denúncia do recebimento de pedido de propina de US$ 1 por dose de vacina em troca de fechar contrato com o Ministério da Saúde, o cabo da Polícia Militar de Minas Gerais Luiz Paulo Dominguetti Pereira, atuou no gabinete militar do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), entre 2019 e 2020. Ele está sendo investigado pela Polícia Militar. Depois que deixou o gabinete militar, Dominguetti foi transferido para o 64º Batalhão da Polícia Militar, em Alfenas, no Sul de Minas.

Dominguetti se apresenta como representante da empresa Davati Medical Supply, ele contou que o então diretor de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Ferreira Dias - já afastado de suas funções - cobrou a propina em um jantar no restaurante Vasto, no Brasília Shopping, na capital federal, no dia 25 de fevereiro.

Ele está sendo ouvido hoje na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, no Senado Federal. Ele disse que representa a Davati Medical Supply e afirmou que recebeu um pedido de propina por parte de pessoas ligadas ao governo federal para venda da vacina contra a Covid-19 produzida pela AstraZeneca.

Ele acusou o diretor de Logística do Ministério, Roberto Ferreira Dias, de ter cobrado propina durante o jantar. Roberto Dias foi indicado ao cargo pelo líder do governo de Jair Bolsonaro na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR). Sua nomeação ocorreu em 8 de janeiro de 2019, na gestão do ex-ministro Luiz Henrique Mandetta (DEM).

Dominguetti Pereira é cabo da PM mineira, ele trabalha e reside em Alfenas, por meio de nota a Polícia Militar confirmou que Dominguetti é da ativa e que a conduta dele será investigada pela corporação.