Fila de idosos para ser imunizados em Lavras. Foto: Jornal de Lavras
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Uma matéria assinada pelo jornalista Cristiano Martins, do jornal O Tempo, publicada na tarde deste domingo na edição online do jornal, trouxe uma grande preocupação para 2,5 mil pessoas que foram imunizadas contra a Covid em Minas Gerais: elas elas podem ter recebido, de forma equivocada, doses de vacina de fabricantes diferentes: a primeira dose de uma fabricante e a segunda de outro fabricante.
De acordo com a reportagem, Lavras e Belo Horizonte foram as cidades mineiras em que mais pessoas podem ter sido vacinadas de forma equivocada. O jornal O Tempo levantou, a partir das fichas registradas no Ministério da Saúde, que os imunizados receberam a primeira dose da AstraZeneca e a segunda dose da CoronaVac, e vice-versa. O arquivo de fichas inclui todos os contemplados com as duas aplicações até a última quinta-feira, dia 22, nos postos localizados em Minas.
Ainda segundo a matéria do jornal O Tempo, a metade do grupo dos imunizados de forma equivocada encontra-se na faixa etária acima dos 70 anos. O erro comprometeu ou atrasou a imunização de 1.180 mineiros com as duas doses da Coronavac, cujo intervalo entre as injeções é menor, de até um mês. Esse número supera o total de vítimas da Covid-19 confirmadas nos últimos quatro dias no Estado (932).
Ainda segundo o jornal da capital mineira, o desperdício de doses aconteceu em 423 municípios mineiros. Belo Horizonte e Lavras concentram a maior parte dos casos, com 200 vacinados de forma equivocada em cada uma das cidades, segundo o levantamento. Em seguida, aparecem Governador Valadares, com 68 casos, Santa Luzia com 46, Uberaba com 44 e Varginha com 43.
O Plano Nacional de Imunização prevê que o cidadão deve receber o fármaco disponível no momento da convocação por grupo de prioridade, independentemente do fabricante e sem a opção de escolha. Mas a segunda aplicação precisa, obrigatoriamente, ser do mesmo fabricante, pois as vacinas são fabricadas com tecnologias distintas. Ainda não há estudos sobre os possíveis efeitos colaterais da combinação trocada.
Espera-se que desta vez o secretário Municipal de Saúde, Hermógenes Vanelli, explique o que aconteceu e o que pode acarretar este equívoco para a saúde dos imunizados.
Confira a matéria do jornalista Cristiano Martins, do Jornal O Tempo, clicando aqui.
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