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Publicada em: 08/08/2020 16:53 - Atualizada em: 08/08/2020 23:00
Morre Dom Pedro Casaldáliga, um dos ícones da igreja progressista na América Latina
O meio ambiente, os índios, os fracos e oprimidos perderam neste sábado, um porto seguro

"Com o povo em marcha vivo, com o povo em marcha vou" Pedro Maria Casaldáliga, 16 de fevereiro de 1928, em Balsareny, Espanha; 8 de agosto de 2020, Batatais (SP)

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A igreja católica da América Latina perdeu neste sábado um ícone da defesa dos pobres, dos posseiros e dos índios na região amazônica, o bispo catalão Dom Pedro Maria Casaldáliga, bispo de São Felix do Araguaia. Dom Pedro faleceu aos 92 anos, em um hospital da cidade de Batatais, interior de São Paulo, para onde foi levado em busca de tratamento.

Nas últimas décadas, Pedro Casaldáliga enfrentou o poder e foi a voz dos oprimidos contra o latifúndio e em favor da reforma agrária. De sua prelazia, participou, ao lado de outros bispos progressistas, da criação do Conselho Missionário Indigenista (Cimi) e da Comissão Pastoral da Terra (CPT).

Dom Pedro Casaldáliga enfrentou o poder da igreja tradicional, os governos militares, os grandes latifúndios, Plínio Corrêa de Oliveira, da TFP (Tradição Família e Propriedade), foi vítima de atentados e em nenhum momento abriu mão de seus ideais: uma igreja progressista para todos que cuidasse não só do espírito, mas também do corpo em vida, ele não conseguia entender por quê pessoas passavam fome, não tinham acesso à educação e a saúde.

No dia 20 de novembro de 1981, foi celebrada no Recife (PE) para um público de 8 mil pessoas a Missa dos Quilombos, com a participação de Dom Pedro Casaldáliga, Dom Helder Câmara, Dom José Maria Pires, do poeta Pedro Tierra e do cantor Milton Nascimento, um ato religioso denunciou as consequências da escravidão e do preconceito no Brasil e se transformou numa cerimônia de fé, comunhão, música e ritmo, a partir da atitude revolucionária de membros da Igreja Católica em favor da introdução das referências culturais de diferentes povos na eucaristia.

A Missa dos Quilombos irritou o poder que considerou uma afronta dos bispos progressistas. Em Minas Gerais, Dom Pedro Casaldáliga participou juntamente com Dom Helder Câmara, do poeta Pedro Tierra e do cantor Milton Nascimento, num desdobramento da celebração da Missa dos Quilombos, da gravação de um disco no Santuário do Caraça. 

O velório de Dom Pedro será realizado em três locais. Em Batatais, neste sábado, a partir das 15h, na capela do Claretiano; em Ribeirão Cascalheira (MT), onde o corpo será velado no Santuário dos Mártires, a partir de 10 de agosto;  e em São Félix do Araguaia (MT), sua cidade adotiva, onde o velório será no Centro Comunitário Tia Irene e onde o corpo será sepultado.

A missa de exéquias será celebrada em 9 de agosto, às 15h, em Batatais, e será transmitida pela internet.

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