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Publicada em: 09/07/2020 23:05 - Atualizada em: 10/07/2020 07:52
Lavras tem fragmentos da história da Revolução de 9 de julho de 1932
Por causa da Revolução Constitucionalista de 9 de julho de 1932, Benedito Valadares transferiu o 8º Batalhão de Caçadores Mineiros de Belo Horizonte para Lavras

Getúlio Vargas com voluntários que lutaram na Revolução Constitucionalista de 1932. Foto: Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (ALESP) 

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Hoje, 9 de julho, é feriado em São Paulo. Há 88 anos aquele estado enfrentou a ditadura de Getúlio Vargas e sem sombra de dúvida foi um dos fatos mais marcantes da história daquele estado e da história republicana brasileira. Os paulistas estavam insatisfeitos com a Revolução de 1930, que foi o movimento armado, liderado pelos estados de Minas Gerais, Paraíba e Rio Grande do Sul, que culminou com o golpe de Estado que depôs o presidente da República Washington Luís, isso foi em 24 de outubro de 1930 e impediu a posse do presidente eleito Júlio Prestes e pôs fim à República Velha.

A Revolução de 1930 foi mais que isso, ela colocou fim às articulações políticas entre as oligarquias regionais no Brasil, que sempre estavam acima dos interesses particulares aos interesses da Nação e do povo. O principal protagonista da Revolução de 1930 foi o gaúcho Getúlio Dornelles Vargas, que na época, governava o estado do Rio Grande do Sul. 

A situação ficou insustentável quando Vargas nomeou Pedro de Toledo para a interventoria paulista, os paulistas foram para as ruas se manifestarem e a morte de quatro estudantes em um confronto com as forças legais acabou por apresentar ao cenário político o ingrediente que faltava: os paulistas tinham então 4 mártires, Mário Martins de Almeida, Euclides Miragaia, Dráusio Marcondes de Souza e Antônio Camargo de Andrade. Suas iniciais Miragaia, Martins, Dráusio e Camargo, tornaram-se senha de uma sociedade secreta MMDC, que articulava a derrubada de Vargas (foto abaixo).

Em 9 de julho de 1932 deflagrou-se então a Revolução Constitucionalista, sob a liderança do general Isidoro Dias Lopes, com a participação de vários remanescentes do movimento de 1930, como os militares Bertoldo Klinger e Euclides Figueiredo, a revolução contou com amplo apoio dos mais diversos segmentos das camadas médias paulistas.

Em Minas Gerais, o interventor Benedito Valadares apoiou Vargas e os mineiros foram à luta contra os irmãos paulistas. Lavras teve ativa participação na Revolução constitucionalista de 1932, destacamos alguns fatos que fazem parte das efemérides da cidade:

11/07/1932

Assume o comando do 8º Batalhão de Caçadores Mineiros o coronel Fulgêncio de Souza Santos, herói tombado no setor do Túnel em Passa Quatro por uma bala inimiga, no dia 13 de julho do mesmo ano.

13/07/1932

Com a morte do coronel Fulgêncio, assume o comando do 8º Batalhão o tenente coronel José Persilva. 

11/ 08/1932

A Filial da Cruz Vermelha Brasileira instala um banco de sangue e um hospital de campanha para socorrer os feridos dos combates da Revolução de 32, onde atendeu 461 pessoas e trabalhavam 27 profissionais, entre médicos e enfermeiras.

20/05/1933

O secretário Carlos Prates, comunica através do ofício 12.433, que a Secretaria de Estado dos Negócios do Interior, liberou a quantia de 325 mil réis em favor da firma Botelho & Cia. Ltda., de Lavras, pelo aluguel de um caminhão marca "Rugby" que foi requisitado pelo Governo do Estado durante a Revolução de 9 de Julho, para transporte de tropas, armamentos, feridos e suprimentos para os soldados.

28/02/1934

Pelo decreto 11.238 o interventor federal Benedito Valadares Ribeiro, deu por sede do 8º Batalhão de Caçadores Mineiros, que era em Belo Horizonte, a cidade de Lavras. Em 21 de março chegava a Lavras o primeiro contingente que compunha esse batalhão, instalando-se definitivamente e foi célula do nosso 8º Batalhão de Polícia Militar de Minas Gerais.

21/03/1934

Chega a Lavras e se estabelece em definitivo o 8º Batalhão de Caçadores Mineiros, hoje 8º Batalhão de Polícia Militar de Minas Gerais, sendo seu primeiro comandante o tenente coronel José Persilva. O efetivo do batalhão girava em torno de 300 homens, sendo sua maioria casados.

30/07/1934

Celebrada na matriz de Sant'Anna uma missa solene em memória do coronel Fulgêncio de Souza Santos e seus intrépidos companheiros mortos no setor do "Túnel", em Passa Quatro, na revolução de 1932.

23/10/1936 

Transladado para Belo Horizonte os restos mortais dos soldados tombados durante a Revolução de 1932 e que estavam depositados em 22 urnas guardadas dentro da igreja do Rosário.

Neste dia foi decretado feriado municipal e uma missa solene foi celebrada pelo descanso das almas dos soldados mineiros mortos em combate na serra da Mantiqueira.

Um cortejo foi preparado para levar as urnas até a Estação da Oeste, com um acompanhamento de várias autoridades e os estabelecimentos de ensino de Lavras se fizeram representar em toda a cerimônia fúnebre. Foi um dia de muita comoção em Lavras.

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