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Publicada em: 13/12/2019 20:30 - Atualizada em: 14/12/2019 10:50
Adufla divulgou Carta de Repúdio às Declarações do Ministro da Educação Abraham Weintraub
O ministro Abraham Weintraub quase toda semana se envolve em polêmica com estudantes, professores e servidores das universidades brasileiras

Ministro da Educação do Brasil Abraham Weintraub. Foto extraída do site novaescola.org.br  

 

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Abraham Weintraub, Ministro da Educação, é o homem que ocupa uma cadeira que pertenceu a Gustavo Capanema, Abgar Renaut, Clóvis Salgado da Gama, Celso Brant, Nereu Ramos, Brígido Tinoco, Pedro Aleixo, Ney Braga, Eduardo Portella, Murílio de Avellar Hingel, Cristovam Buarque, Fernando Haddad e principalmente o ícone da educação no Brasil, Darcy Ribeiro.

Ele é um ministro polêmico. Abraham disse que as universidades promoviam "balburdias", produziu um vídeo para tentar explicar, de forma didática, o contingenciamento de gastos e apresentou, mesmo com a encenação dos chocolates, números errados. Depois, durante a sabatina da Comissão de Educação do Senado, queria citar o escritor austríaco Franz Kafka, autor da "Metamorfose", disse kafta, um churrasco árabe feito com carne moída. Depois tentou ironizar os deputados na Câmara, quando disse que "fui bancário, tive carteira de trabalho assinada, não sei se vocês conhecem este documento", causando constrangimento entre os deputados da base aliada do governo e a ira da oposição. Disse também que as polícias militares eram barradas nas entradas de todas as universidades brasileiras, e outras pérolas, como pedir aos alunos que filmem as atividades dos professores em salas de aula, e muitas outras polêmicas. Dentre elas, ele afirmou que as universidades brasileiras possuem plantações extensivas de maconha e produzem drogas sintéticas em laboratório.  

Esta declaração dada ao Jornal da Cidade provocou uma grande indignação no mundo acadêmico e muitos professores e alunos se manifestaram nas redes sociais e recorreram a justiça. Em Lavras, a Adufla (Associação de Docentes da Universidade Federal de Lavras) também se manifestou e divulgou hoje, sexta-feira, dia 13, uma Carta a Comunidade datada de 12 de dezembro de 2019 que está reproduzida na íntegra abaixo.

 

Carta de Repúdio às Declarações do Ministro da Educação Abraham Weintraub 

CARTA À COMUNIDADE 

As professoras e professores da Universidade Federal de Lavras, reunidos em Assembleia Geral Extraordinária da ADUFLA Seção Sindical no dia 26/11/2019, vêm a público manifestar repúdio às recentes declarações caluniosas do Ministro da Educação Abraham Weintraub. Em entrevista concedida no dia 22/11/2019 ao Jornal da Cidade, o ministro deu a absurda declaração de que universidades federais possuem plantações extensivas de maconha e produzem drogas sintéticas em laboratório.  

Essas irresponsáveis declarações desvalorizam estudantes, docentes e técnicos-administrativos com o objetivo de manipular a opinião pública contra as Instituições Federais de Ensino. O ministro Weintraub já se manifestou desvalorizando a área de humanidades das universidades, desconhecendo a produtividade acadêmica de seus trabalhadores e o benefício que prestam à sociedade, afirmando que estudantes promovem balbúrdia, entre outras declarações estapafúrdias e truculentas. Está claro que o Ministro da Educação não gosta de Universidades Públicas e suas declarações mentirosas fazem parte de uma estratégia para justificar os cortes no orçamento da educação pública, sucatear a universidade e atirá-la às garras do mercado, ou seja, privatizar. 

As professoras e os professores da Ufla possuem plena consciência da valorosa contribuição da Universidade Pública para a formação cidadã de profissionais, para a produção científica e tecnológica e para o desenvolvimento econômico, social e cultural do país. Por isso, não admitimos essa série de ataques contra as instituições e contra as pessoas que compõem a comunidade universitária. 

Nos manifestamos ainda de forma solidária a todas as entidades, a exemplo de sindicatos docentes como o ANDES-SN e da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior – Andifes, que tomaram providências jurídicas contra o ministro Weintraub. E reiteramos a defesa da universidade pública, gratuita, de qualidade e socialmente referenciada.

 Lavras, 12 de dezembro de 2019

 ADUFLA S. Sindical

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